quarta-feira, 18 de novembro de 2015

RIME OF THE ANCIENT MARINER.PARTE 3.

Links para as partes anteriores do post:
Parte 1
Parte 2 


Um dia de passeio::

Olha o Gu, vocês acham que ele ficou
à vontade?
Finalmente chegou o dia de largar a poita, o Edson chegou cedo com toda a família, ele, a esposa Edna, o Gu filho dele, o Felipe cunhado e o Dani o sobrinho. O Gu e o Dani têm por volta de 4 anos, assim que embarcaram já entraram na cabine, montei a mesinha para eles e saquei o pictureka, um jogo de cartas, para eles brincarem, preparei o convés, conferi as velas, cabos motor, dei uma olhada no GPS no celular e partimos, tirei o barco do meio da área de poitas e logo passei a cana de leme para o Edson que navegou muito bem, só faltou vento, por isso fomos até a Praia do Sul no motor mesmo.
Já estávamos na saída do Saco da Ribeira, prontos para dar um bordo e seguir em um rumo reto até o través da Praia do Sul quando o Acrux tripulado pelo Edmur e pelo Hermes se aproximou, eles estavam prontos para participar da Regata, o Edmur como sempre, era o mais animado da turma,
 A regata foi um espetáculo a parte, os barcos largaram quando estávamos no través da ilha Anchieta, ver o Sessentão, o Montecristo e o Áries navegando juntos foi muito legal mesmo.
O Edson chegou perfeitamente até a praia do Sul, quando estávamos bem próximos, mas a uma distância segura, assumi a cana de leme para as fainas de fundeio, na Praia do Sul tem pedras pra todo lado e é mais seguro fundear um pouco pra fora, só que é fundo, ai precisa de muito cabo, é meio enroscado fundear lá, mas a praia vale a pena.
O Edson e a Edna, acho que ele gostou da cana de leme!
Esse não escapa do bichinho da vela não, nem ela!

Chegamos na Praia do Sul as 13hs e ficamos lá até as 15hs, desembarquei meu fogãozinho e fizemos uma "farofinha" em grande estilo, o Dani, uma das crianças que estava no barco, estava muito quietinho e dormiu a tarde toda sob uma gostosa sombra  de árvore, quando fomos zarpar, embarcamos ele no bote e do bote para o Vivre sem que ele acordasse, a ideia era irmos até a praia do Flamengo para brincarmos mais um pouco.
Assim que saímos o vento apareceu, fraquinho mas apareceu, e o Edson, aspirante a dono de veleiro, mareou levemente, como ele mesmo definiu, como estávamos com um vento constante de través permiti que ele ficasse na área VIP do barco (na proa) mesmo durante a velejada. No meio do caminho o Dani teve uma febre, pronto, acabou comigo, foi aí que eu tomei a decisão de seguir direto para a poita e desembarcar o  Felipe, pai do Dani e o menino o mais rápido possível, velejar tem que ser divertido para todo mundo e não estava mais divertido nem para o Dani nem para o Felipe. O Felipe é um cara muito legal e um pai muito dedicado, percebi a preocupação dele com a febre da criança, todos ficamos preocupados claro, mas o Felipe é pai.
Visitantes felizes, missão cumprida!
Chegamos na poita e minha preocupação fez com que eu me desconcentrasse da rotina do Vivre, falta de atenção no barco é uma coisa imperdoável e o meu castigo chegou rapidinho, desamarrei o motor de popa do Vivre e fui colocar no bote, e num movimento desconcertante fui pra água com motor e tudo. Tchibum!!!! Sempre imaginei esse momento, por isso mesmo toda vez que vou baldear o motor seguro bem o cabo que fica amarrado nele, quando caí o motor me puxou para baixo com menos peso e velocidade do que eu imaginava, mesmo assim afundei alguns metros, totalmente dono da situação e sem apavoramento olhei a escada da prainha, nunca a tinha visto daquele ângulo, se eu subisse um pouco conseguiria segurá-la e puxar o motor, e assim fiz, tudo isso não durou 5 segundos e logo eu estava com o motor na superfície novamente. Agora o problema seria fazer o motor pegar, coloquei o bichinho no bote e depois de algumas puxadas na "cordinha" ele funcionou como se nada tivesse acontecido, motorzinho fantástico esse Tohatso.
Vou ficar devendo uma foto do Dani e do Felipe, eles não me mandaram.
Foi um prazer enorme receber a família do Edson e da Edna a bordo do Vivre, espero que venham mais vezes.
No próximo post, o último da série, vou contar como foi enfrentar um ventão com o Vivre na poita e sozinho no barco!

Link para a próxima parte do post:
PARTE 4

2 comentários:

  1. Walnei, não entendi bem como foi o acidente do motor, mas eu faço da seguinte forma no Gaipava: amarro popa do bote com popa do barco. Deixo uns 50 cm de folga e aí DO BOTE, faço a transposição do motor para o barco e vice-versa. Antes eu sentava na prainha e fazia tudo, mas agora melhorou demais. Se vc faz diferente, tente dessa maneira que falei e verá que é bem mais fácil...
    Podia ter sido pior seu acidente. Nas dificuldades, a gente 'cria asas' e acha força onde não imagina!!
    Bons Ventos!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu estava fazendo extamamente como você fazia, sentado na prainha, o bote abriu e tchbumm fui pra água, se tivesse pensado em amarrar o bote como você disse, nao teria acontecido.
      Mais uma lição aprendida cmte.

      Excluir