segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ATITUDE EM PARATY (PARTE 1)

Quando eu ainda era proprietário da Camposys gostava de atender pessoalmente um cliente específico sempre que possível, o Herbert, e pouco antes de vender a Camposys, por motivos técnicos fomos obrigados a instruir o cliente a trocar o sistema, com pesar demos todo o apoio para a troca do sistema incluindo a conversão dos dados, o que mais me incomodava não era a troca do sistema ou "perder" o cliente empresa, o que incomodava de verdade era "perder" o cliente pessoa, o Herbert logo passou de cliente para amigo, eu gostava de conversar com ele, e em uma dessas conversas descobrimos que tínhamos um interesse comum por embarcações, eu por veleiros no mar e  ele por lanchas nas represa, na época ele me emprestou uma apostila da prova de arrais (isso foi lá por volta 2009) e a apostila ainda esta comigo, pra encurtar, a troca de sistemas foi feita por volta de 2013/2014 e nosso contato foi diminuindo até que se perdeu.
Em abril passado meu telefone toca, era o Herbert, queria uma opinião sobre um veleiro anunciado, a ideia era um veleiro que ele pudesse levar para a represa, veleiros em represa me causam uma certa depressão, um sentimento parecido com aquele que me acomete quando vejo um passarinho cantando na gaiola, é bonito mas triste, realmente acho que lugar de veleiro é no mar, e apesar de toda a tecnologia nos aparelhos celulares atuais o telefone não comportou nossa conversa e acabamos marcando para um dia de velejada no Vivre (o relato desse dia você pode ler aqui), foi um dia fantástico, uma velejada memorável com condições PERFEITAS de mar, vento, temperatura acho até que o universo conspirou a favor. A velejada foi tão gostosa que acabou já com uma nova data para a próxima velejada.


Tirando o bate-papo a nossa segunda velejada foi um desastre total, sem vento nenhum insistimos em tentar velejar e caçar o vento pela enseada do Flamengo, quando o tédio nos venceu e resolvemos voltar a motor para a poita o meu velho tohatso 3.5 me largou na mão e não funcionou, nos arrastamos com uma miséria de vento até a praia do flamengo onde pegamos uma poita emprestada e em seguida estávamos sendo rebocados por uma escuna até a nossa poita, o Herbert tinha conhecido o outro lado da vela, o dia em que nada da certo.

Mesmo depois deste fiasco, nossos contatos foram ficando cada vez mais frequentes, o Herbert iniciou a busca pelo veleiro perfeito, e já não fazia tanta diferença se ele caberia na represa ou não, avaliei vários veleiros por telefone, claro que não era a palavra final, fato é que acompanhei via celular a busca pelo veleiro do Herbert, passamos por várias situações, encontramos um Brasilia 27 com popa aberta e fabricado em 2010, na verdade um paturi que tem um dono que acha que as embarcações são equivalentes, passamos por Fasts, Arpeges, mais paturis, MJs e muitos outros, até que, como sempre acontece, um deles escolheu o Herbert, um Spring 25 muito bem conservado, um barco espaçoso, com cara de dócil, um motorzão novo, velas bonitas, enfim, o barco se apaixonou pelo Herbert e sua família e resolveu expor suas belezas para seduzi-los, e conseguiu. Assim um novo telefonema marca uma nova velejada, agora no Atitude, o veleiro do Herbert.


continua...

Outras partes deste post
Parte 2
Parte final


2 comentários:

  1. Po, já estava com saudades dos seus post´s, ate que fim vc voltou............não deve ser fácil comprar um veleiro, obom é que existem pessoas como voce para ajudar..........

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fredy, realmente eu dei uma sumidinha, mas estamos de volta.

      Excluir