segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SÓ SEI QUE NADA SEI.



Filosofando, no sentido náutico da palavra, depois do último post (VELEJANDO DE NOVO) e dos comentários que o post recebeu, resolvi fazer uma reflexão sobre o que realmente eu sei, então, descobri o seguinte, sei fazer as mareações básicas, menos asa de pombo, e otimamente só de través, uma orça cochada é bem difícil para mim ainda mas da pra ir,  sei fundear a embarcação, apesar de sempre ficar com o pé atrás, sei amarrar o barco na poita apesar de sempre ficar com um frio na barriga, sei ler cartas náuticas e conheço o RIPEAM, as mareações e o fundeio aprendi em um curso muito rápido com o capitão André do veleiro Icthus, a interpretação das cartas náuticas e o RIPEAM aprendi no meu curso de arrais feito lá na Boreste em Caraguatatuba, até ai tudo bem, dá para velejar, mas tenho sentido falta de algo no meu relacionamento com o veleiro, pois bem, descobri o que falta, falta aprender a montar o barco de maneira correta, isso me deixa inseguro, por exemplo, o moitão da retranca, onde realmente deve ser colocado? Qual a altura ideal da genoa? como regular as velas para uma melhor performance do barco? Como montar o burro corretamente? É necessário tirar a capa da vela mestra e os cabos do lazy jack para velejar melhor? Acho que esses equipamentos atrapalham a performance da vela mestra, estou certo? A impressão que tenho hoje é que estou dirigindo um carro, mas só usando a primeira marcha, entendem?

O problema é que não tenho muito contato (no mundo real) com velejadores experientes, tudo que aprendi de montar o barco foi com livros, blogs, o do gaipava e o do cusco baldoso são leitura obrigatória, e por deduções, deduções essas que as vezes são errôneas. Mas como todo problema tem sua solução, vou ver se consigo embarcar em algum veleiro com pessoas mais experientes e aprender a fazer tudo da melhor maneira possível (estou me convidando mesmo viu gente!).

Já era um plano meu passar um final de semana sozinho no barco para ficar mais "íntimo" dele, mas infelizmente, ou felizmente, não pude ainda, tenho o privilégio de sempre receber alguém no piano piano, essa semana recebemos o Robson, o tio Rubens e o Fábio, eu prometi que se o Rubens pescasse algo eu comeria cru, mas, como eu havia previsto, não teve sashimi, pois o Rubão não pegou nem resfriado!

Pois bem, terminamos a elétrica do barco (o Fábio Terminou), e saímos para velejar um bocadinho, ficamos fazendo alguns bordos e depois chegamos a praia do flamengo, onde nadamos e depois voltamos ao Saco da Ribeira!

É isso ai gente vivendo e aprendendo, não se pode parar, bons ventos e até o próximo post

6 comentários :

  1. Quando sair a primeira vez sozinho, em um veleiro (um lazer), eu cheio de duvidas se as coisas estavam certas o instrutor deu foi parabens. Ele comentou que muitas pessoas não conseguia voltar para o iate clube. A tecnica que eu uso é o som da agua, quando o barulho da é maior estou rapido, ai vou caçando ou soltando os panos. Bons Ventos. Ruyter

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  2. Walnei, eu já te falei muitas coisas... vou falar mais uma: procure o Tio Spinelli no Saco da Ribeira, ele é dono do Soneca. Com certeza ele vai te ajudar a montar o barco. Depois disso, meu amigo, é que nem diz o poeta: "amar se aprende amando". Vá para a água! Vá ser feliz! Quem diz que sabe muito, não sabe é nada! Bons ventos e conte com a gente sempre que precisar!

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  3. Caro Walnei: as dúvidas fazem parte de um aprendizado.Seria estranho se você tivesse só certezas...Busque sempre o equilíbrio em tudo que fazes...(já que é prá filosofar rsrsrsrs) - "A menticulosa prudência deixa de ser virtude no momento em que passa a ser estorvo: Lastro demais e pouca vela." (S.B.Holanda)
    Frase feita e que eu adoro!!

    abraço e 'toca o barco!!

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    1. Linda frase, o negócio e aprender na pratica! Quando nasci eu não sabia nem andar e agora já to velejando... evoluímos muito não acha??

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