Foi meio melancólico, chegar no veleiro sem mastro, mas, eu fui assim mesmo. Podem me chamar de bitolado, excêntrico até de bobo, mas fui assim mesmo!
Eu e o Willyan limpamos a cabine do barco, vedamos as vigias com plastico filme (isso mesmo aquele fininho) e fita crepe daquela azul da 3m e colocamos uma lona por cima dele, após esses pequenos mimos, fiz uma lista do que tem que ser feito para colocar o mastro e poder velejar novamente, vamos lá:
- Fazer a parte elétrica do mastro.
- Colocar as vigias novas.
- Recolocar o guarda-mancebo
- Trocar as adriças que já estão bem pra lá de Marrakech.
- Refazer a parte hidráulica (água doce mesmo)
- Refazer a parte elétrica interna (vai tudo de led)
- Fazer e colocar os adesivos do costado e da popa.
Acho que é só, ai ele já pode velejar novamente, mas depois ainda tem que melhorar o acabamento interno e adicionar uns itens de conforto, tipo chuveirinho de popa, música e quem sabe uma televisão de 7 ou 10 polegadas!
Após os trabalhos o Willyan foi remar o bote pela Ribeira, enquanto eu e o Gabriel fomos a terra para comprar água e um lanche para matar a fome, quando voltamos o Willyan ainda não estava no barco, sai com o outro bote a motor (cortesia do Léo) para procura-lo e achei o rapaz jogando futebol com uma molecada que mora lá na Ribeira, acho isso bem legal sabe, conhecer gente nova e trocar ideias é sempre bom né não?! Além disso, quantas pessoas vocês conhecem que chegam para um pelada em um bote e usam remos e croques como traves??
A ansiedade me fez esquecer coisas bem básica para quem quer passar uma noite acampado, sim acampado, hoje o Vivre não passa de uma barraca no Saco da Ribeira, a diferença é que fica no meio d'água, levei fogão mas esqueci panela, levei os colchões do barco mas esqueci cobertas e travesseiros, levei água, cerveja e refrigerante mas esqueci copos, foi um auê.
Na hora de fazer a janta fervi a água em uma latinha de cerveja, e ainda derrubei água fervendo na mão... olha nosso kit janta meia boca:
O único que comeu bem foi o Gabriel, para ele não esqueci nada, mamadeira, leite, açúcar, nescau, e tudo que ele necessita para não abrir o berreiro.
Durante a noite me entra um ventão daqueles, achei que a lona que cobria o barco iria sair voando e minha vedação com plástico filme iria sofrer avarias, mas que nada, aguentou firme, fiquei orgulhoso com meus nós de marinheiro, (viu Ricardo, aprendi mesmo um punhado de nós, um para cada necessidade). O barco balançou muito, acho que é por conta da falta do mastro que tira um bocado da estabilidade do barco, será?
Apesar de tudo, foi gostoso ficar com os meninos e colocar o papo em dia, e mesmo sem poder velejar, só o pôr do sol valeu o passeio:
Foto: Willyan Antunes |
É isso ai gente, semana que vem tem mais...
... Eu acho!!!!!!!!!!!!!
Walnei, usar remo e croque prá fazer de trave e jogar futebol, usar latinha de cerveja, depois de beber o conteúdo, para cozinhar...isso é coisa de marinheiro safo!! Momentos inesquecíveis com a molecada!! Como diz o Juca, a necessidade é a mãe da invenção!! E os 'nós' tu tens mesmo que saber pois foi por isso que a lona não voou com o ventão!!
ResponderExcluirabraço!!
Como dizem por ai, foi ruim mas foi bão!!!!!!!!!!!!!!!!!
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