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2012 a 2016
Pela internet acabei entrando em contato com o Fernando, dono o Vivre, um Thaiti 16 pés, marcamos para dar uma volta no veleiro.
Pela primeira vez eu estava colocando os pés em um veleiro, achei maravilhoso, fechamos negócio e agora eu tinha um veleiro, mas não tinha arrais por isso antes de colocar o barco na água eu tive que tirar minha habilitação, enquanto isso o veleiro ficava lá guardadinho em Ubatuba.
Assim que tirei minha arrais fui velejar e protagonizei um dos dias mais divertidos da minha vida, foi quando pela primeira vez eu encalhei o Vivre, isso mesmo logo de cara já encalhei o barco mas essa história você pode ler aqui.
O blog nasceu antes que eu tivesse minha arrais, no começo eram 40 visitas mês, provavelmente minhas mesmo, conforme os posts iam aparecendo mais visitas mensais iam acontecendo até que um dia um comentário:
"Parabéns Amigo Velejador. A Boreste fez toda documentação do Gaipava e o Juca é meu Amigo e Mestre. Já velejamos juntos. Você está bem acessorado!! Visite: veleirogaipava.blogspot.com"
O Primeiro comentário do blog foi do Ricard Stark, como fiquei orgulhoso, eu acompanhava a vida do Gaipava já fazia um tempo e de repente lá estava eu telefonando para o Ricardo, a partir daí fui conhecendo outros velejadores entre eles o Juca Andrade, fui muito bem recebido no meio náutico, e comecei a perceber que havia algo diferente naquelas pessoas, sempre disponíveis e dispostos, havia um código de conduta que ninguém mencionava mas havia.
Minha primeira travessia longa foi no dia dos pais e foi de grandes 7,5 milhas náuticas, saí do Itagua e fui até a ilha Prumirim (você pode ver aqui), minha vida já tinha mudado, a saúde melhorado e o tempo corria de forma diferente, ainda em 2012 os 16 pés do Vivre já não comportavam minha família e troquei de barco por um Cruiser 23 que é nosso até hoje.
A família se tornou uma família diferente, meio que fora da casinha, certa vez a professora do Gabriel que estava no prézinho (hoje infantil I) me chamou de lado em uma reunião e perguntou se nós tínhamos um barco a vela, eu respondi que sim, ela desconfiou pois os meninos da sala desenhavam casas, carros, motos e o Gabriel desenha veleiros, botes, poitas, remos, bóias e o tradicional desenho da família, aquele que tem o papai a mamãe e os filhos com uma casa ao fundo e um sol redondinho, o do Gabriel era sempre em cima de um veleiro.
De 2012 pra cá passei por muita coisa no mar, aprendi muito, fiz muitos amigos, minha vida tomou outro rumo, já não tenho mais aquela empresa lá do começo desta história, ainda trabalho com informática mas de uma forma mais autônoma, minhas atividades são todas em torno da vela e bem perto do mar, mesmo quando estou trabalhando com programação o que me motiva é o mar, a minha família aprendeu um estilo de vida diferente, mais saudável e menos tensa.
Depois de relembrar toda essa parte da minha vida, mexer nas fotos, reler posts, falar com amigos, eu posso responder a pergunta que deu origem a essa história:
Vale a pena ter um veleiro?
Sim vale, estar perto do mar é vital pra mim e pra minha família.
Walnei, parabéns pelo Blog e pela vida náutica!!
ResponderExcluirAfinal, prá quê servem os sonhos senão para realizá-los??
abraço!!