sábado, 21 de janeiro de 2017

CARTAS NÁUTICAS.

Uma carta náutica é um mapa de determinada área navegável, ou não, seja esta área um rio, um lago ou um oceano. Uma carta náutica apresenta as profundidades, perigos isolados, localização de lajes e pedras, comportamento das ondas quando for o caso, indica locais de fundeio, além de mostrar todas essas informações e muitas outras sobre a área navegável elas também nos mostram informações importantes sobre a topografia da região terrestre adjacente (ficou bonito isso heim?), além é claro de nos informar coordenadas geográficas, uma carta náutica é um livro com muitos capítulos, personagens e muitas histórias em uma única página, por ser tão cheia de dados e informações as vezes fica difícil ler e interpretar uma carta náutica, nos próximos posts vou tentar explicar como eu interpreto as minhas valorosas cartas náuticas.

Curiosidade:
Antigamente, na época dos descobrimentos, as cartas náuticas eram protegidas por lei e só alguns capitães e reis podiam tocá-las.


Essa imagem ai em cima é o planisfério cantino de 1502, uma das mais antigas cartas náuticas conhecidas, nela podemos ver o Brasil e a linha do tratado de Tordesilhas. Apesar de ter ajudado os italianos, sim italianos, a conhecer melhor o mundo, essa carta ficou obsoleta rapidamente por conta das observações cartográficas portuguesas em suas navegações de descobrimento.
Havia no planisfério uma frase que coloca em cheque toda a história do descobrimento das Américas:
"Carta da navigar per le Isole nouam tr[ovate] in le parte de l'India: dono Alberto Cantino al S. Duca Hercole" ("Carta náutica das ilhas NOVAMENTE descobertas na região da Índia: dado por Alberto Cantino ao Sr. duque Hercule"). Se foram novamente descobertas indica que alguém já tinha descoberto antes não é?

Corre na boca pequena da história que Cristóvão Colombo possuía um conjunto de cartas náuticas com todos os continentes do planeta, quem as deu é um mistério.

A despeito de que Colombo descobriu as Américas, há indícios de que os Vikings já tinham chegado as Américas no ano 1000, inclusive levantando assentamentos.

De 1502 prá cá muita coisa mudou nas cartas náuticas e hoje qualquer pessoa tem acesso a elas, e pra nós, navegadores descobridores de ilhas paradisíacas e os  bares fantásticos que lá existem com suas especiarias alcoólicas, as cartas náuticas são sinônimo de segurança na navegação e a certeza de que chegaremos felizes e vitoriosos a novas terras inexploradas (por nós é claro).

Antes de explorarmos as cartas náuticas modernas é necessário um certo conhecimento da projecção de Mercator, e é esse o assunto do novo próximo post, até lá.

5 comentários :

  1. Bom dia Walnei, gostaria de algumas dicas de leitura náutica, alguns livros que voce ja leu, e que um navegador de primeira viagem poderia gostar..........

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  2. Cara.... boa tarde!!
    Adoei teu blog.... parabéns e espero que o Atoll 23 já esteja comprado...
    Meu sonho ainda inatingível...
    Grande abraço e continue assim, ajudando e orientando.
    Quanto às cartas náuticas, elas eram o grande segredo.
    No livro Xógum (de james Clavell) é feita citação sobre os portulanos.... eram as cartas náuticas, segredos de estado.
    O nome Brasil, segundo o livro A Viagem do Descobrimento de Eduardo Bueno, já fora citado antes, em cartas náutica holandesas.... os holandeses já estiveram por aqui nos finais de 1400, pouco antes do Cabral....
    Um grande abraço! De novo!

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  3. Boa tarde
    Agora que encontrei seu Blog queria estudar mais suas informações.
    Vejo que estás ausente...

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  4. Blog legal, gostei das informações postadas. Sou novo por aqui. A titulo de curiosidade o livro 1421 O ano que a China descobriu o mundo e muito interessante e fala da circunavegaçao do globo pelos chineses nessa data. Muito interessante o livro.
    Abs!

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  5. Ainda é polêmica a história da presença dos chineses em viagens de circum-navegação, mas o livro citado, de Gavin Menzies, chamado 1421 (posteriormente, publicou um complemento, chamado 1434) é realmente muito interessante e instigante. Defende o autor que os navegadores ocidentais fora ao mar com informações privilegiadas, fornecidas ou espionadas ou surrupiadas dos chineses. Os documentos existentes também indicam terras, ilhas etc elaborados em expedições chinesas a muitas paragens no planeta.

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