domingo, 29 de junho de 2014

O BOTE DO VIVRE!

Já faz um tempão que estou sem bote de apoio, o pior é que o vivre fica bem longe do pier, então, toda vez que vou para o barco peço o bote emprestado de alguém, na maioria da vezes empresto do Léo, mas já pedi umas duas vezes para o Vandeco, que prontamente disponibilizou o bote para eu usar!

Comprar um bote inflável com fundo rígido, usado, seria minha opção mais inteligente, porém, como as vezes sou meio burro resolvi fazer um bote dobrável, acho que vai melhorar muito a velejada, afinal, velejar  com o bote amarrado na popa do veleiro sempre me incomodou bastante, é um lastro que não me agrada muito.

Revirei a internet em busca de um projeto free que fosse pequeno, estável e quando dobrado coubesse em um dos bordos do vivre, achei alguns projetos em foruns aqui do Brasil e de fora e elegi o futuro vivrinho, segue uma foto da visão geral do projeto para análise dos amigos, se alguém conhecer o projeto e quiser fazer algum comentário a favor ou contra ele, eu ficaria muito grato.

O projeto é antigo, mas me pareceu bem legal e lá fora quem fez (ou diz que fez) o bote é só elogios, mas será que alguém teria um trabalhão de fazer um bote e depois falar que ficou ruim?? Não sei, vou pagar para ver!


O botinho é o Handy Andy e tem aproximadamente 3mt e capacidade para 3 pessoas, vamos ver, quem sabe começo a postar aqui as etapas da construção do barquinho!

Se alguém quiser o projeto completo é só pedir, lembrando que o projeto é free, aos mais experientes em construção peço que coloquem suas observações ai embaixo nos comentários!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

O TEMPO E O VENTO!

Já imaginou ficar trancado com uma criança e dois adolescentes em um quarto de 7mt X 2,5mt durante três dias, sem TV? Já imaginou as brigas e discussões? Tente imaginar como o tempo iria se arrastar até que a porta desse pequeno quarto se abrisse e todos ganhassem a liberdade e o espaço  necessário para viver a vida! Paradoxalmente, um "quartinho" desses pode trazer momentos de maior liberdade e sensação de estar vivendo a vida plenamente, mesmo que fazendo absolutamente nada ou simplesmente jogando conversa fora, não digo matando o tempo, mas, aproveitando o tempo!

Pois é, o vivre tem esse tamanho e durante os dias 20,21 e 22/06/2014 eu o Gabriel o Willyan e o Wallace ficamos todos junto dentro dele, ficamos praticamente o tempo todo dentro da cabine pois estava frio e choveu constantemente, não levantamos âncora, não içamos velas, apenas ficamos lá trancados boiando naquele mar imenso! E o tempo, o tempo passa de feroz ditador a dócil espectador das conversas, piadas, risadas e reclamações, parece que o tempo fica com dó de passar e deixar para traz esse clima de jantar de família dos anos 40, assim fica fácil dispensá-lo em forma de carinho, cuidado, atenção para a família, só no veleiro o Gabriel começa cantar pirulito que bate bate e quando se da conta esta sendo acompanhado pelo pai e irmãos mais velhos com se estivessem em um concerto de rock, com direito a aplausos e bis!
- De novo pai!!! De novo UÍA (é assim que ele chama o Willyan)

E assim vamos nos relacionando melhor com o tempo, com a natureza e entre nós também!

FRIO E PICTUREKA!!

DENTES ESCOVADOS, CABELOS PENTEADOS, TUDO PRONTO PARA COMEÇAR  DIA!

SÓ CHUVA!

DA JANELA LATERAL DO QUARTO DE DORMIR...





sexta-feira, 13 de junho de 2014

A MAIOR BOBAGEM DA MINHA VIDA!



A maior bobagem que fiz na minha vida foi comprar um veleiro, explico:
1 - Tem sempre algo para fazer, que faço com gosto!
2 - Quanto não tem nada para fazer invento alguma coisa.
3 - Tem que limpar o casco de sempre em sempre, esteja a água gelada, quente, gostosa ou congelante, para fazer isso tenho que ir ao litoral de sempre em sempre!
4 - Quando vou fazer alguma arrumação e tenho que escolher um ou outro para ir comigo é sempre muito chato, já que todos gostam do barco todos querem ir.
5 - Quando, por motivos de trabalho ou familiar, fico mais de 15 dias sem ir ao veleiro, não consigo parar de pensar nele, minha concentração vai pro espaço e os finais de semana ficam insuportavelmente entediantes.
6 - É necessário ler muito, o tempo todo envolvido com livros, sejam eles de histórias, estórias ou técnicos
7 - É necessário aprender mais sobre a natureza, ventos, marés, nuvens, frentes frias!
8 - Fico sem dormir direito quando tem previsão de fortes ventos ou mar agitado!
9 - Sou obrigado a me exercitar, seja nadando, mergulhando, subindo, descendo, andando de "gatinho" ou remando, e isso é constante dentro de um veleiro só para na hora de dormir!
10 - Ficamos mais afastados da tecnologia, celulares, internet e coisas assim ficam de lado, o celular fica quase que o tempo todo desligado!
11 - Fomos obrigados a aprender a consumir menos, já que no veleiro não dá pra enfiar tudo, só o necessário, e isso reflete em casa!
12 - Passamos por racionamento de água doce no barco e isso também refletiu em casa,juro que a minha conta diminuiu 50%
13 - Não tem televisão no barco, e vou falar que ninguém sente falta dela!
14 - O veleiro ideal é sempre 5 pés maior que o meu!


E mesmo assim eu adoro o meu veleiro, é como um vício, daqueles bem difíceis de abandonar, absorve a família toda.
Meu veleiro tornou minha vida mais feliz com toda certeza!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

ISSO NUNCA ME ACONTECEU ANTES!

Finalmente depois de um jejum de 60 dias fomos eu, o Willyan e o Gabriel para o vivre, a ideia era limpar o casco e instalar o painel de comandos provisório que fiz.

Chegamos no sábado bem cedinho e fui pegar o bote de um amigo, peguei uma carona com a aumar até o barco dele, com o motorzinho tohatso a tira-colo lá fui eu.
O mar estava um tapete, coloquei o motor na popa do bote, como ele esta revisadinho, pegou de primeira, fácil fácil, soltei a amarra que prendia o bote ao veleiro e seguindo as instruções do fabricante após a revisão, sai na marcha lenta,  de repente vejo um cabo azul passando por baixo do bote, desliguei o motor rapidamente, mas já era tarde e o cabo se enrolou no hélice, por sorte o remo estava lá, se é que posso falar que foi sorte, pois nunca saio de bote sem remo, sai remando o bote até o flutuante, e saquei minha caixa de ferramentas, tirei o hélice e removi o enrosco, demorou um bocado essa faina, o pior é que o cabo era do bote mesmo, estava bem amarrado na proa do bote, como ele estava na água não o vi!
Isso nunca tinha me acontecido antes e espero que seja a última vez!

Finalmente chegamos no vivre, estava lindo, sequinho por dentro, sem mofo, comida estocadinha , era só entrar e curtir,  ou melhor trabalhar, comecei pelo painel que ficou assim:


Tem umas bolhas pois no acabamento eu usei o multifuncional papel contact, agora estou fabricando o painel definitivo que vai ser impresso com serigrafia, já fiz a arte do painel, só falta mandar revelar a tela e enviar para "silkar", mas tenho outras prioridades, em outro post falarei delas.
Colocado o painel e a iluminação de fita de led que o barco ganhou ficou show, mas quando liguei a luz de top para testar apagou tudo, já desconfiava que a minha bateria estava no bico do urubu, mas confesso que fiquei chateado quando confirmei que ela não segura mais a carga, mesmo assim ainda aguentou a iluminação interna durante a noite.

A raspagem do casco foi fácil, fácil, achei que o serviço da venenosa tinha ficado "male má" mas acabei percebendo que ficou muito bom, a pintura esta bem espessa e a craca sai com muita facilidade, depois de 60 dias sem limpar a maioria do serviço foi só tirar aquele "lodinho" que fica no casco, o único problema é exatamente onde havia o apoio da carreta no casco, quatro pontos onde a tinta venenosa ficou mais "fina", mas esta lá.

Acho que meus meninos nem conhecem o barco direito, o vivre tem um efeito colateral no Willyan e no Walace, sono, como esses meninos dormem no barco, dessa vez o Willyan dormiu as 17:30h, só acordou as 21:00h para tomar um gostoso chocolate quente que preparei e voltou a dormir até 8:30h de domingo.

No domingo saímos remando pela Ribeira de bote para ver outros veleiros e conversar com outras pessoas, acabei conversando com o dono do Mutum, um veleiro bem parecido com o multichine e de fabricação francesa, o cara trouxe o barco da Europa, passou pela África e chegou por aqui, só levou quatro anos, vida ruim essa de velejador né??

Para finalizar segue uma foto do Gabriel no vivre, como esse menino gosta do barco, precisam ver o escândalo que ele fez quando a vista dele alcançou o vivre bem de longe, achei que ele iria se jogar na água.
-Olha lá pai o "beco vive", ta chegando, anda pai, anda pai... vamo pai ...
Chegou a chorar, não um choro aberto, mas contido e emocionado, achei lindo!


Agora não vou mais demorar tanto tempo para voltar pois trouxe a bateria para fazer uma manutenção e se não funcionar terei de comprar outra, portanto, o barco esta sem bomba de porão, então, não posso demorar mais do que 15 dias para voltar!
Por hoje é só pessoal, até o próximo post!