sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

QUE VENHA 2015!

Isso mesmo, é o fim de 2014, época de renovar as energias, traças novas metas e caminhos melhores para atingir as metas de queríamos ou deveríamos alcançar e não conseguimos.
Em 2014, velejei menos do que queria (muito menos), fumei mais do que deveria e assisti mais televisão do que gostaria!
Para 2015 pretendo dar uma folga para meus pulmões e deixar de fumar (vou tentar de novo, dessa vez rola), eliminar uns quilinhos e começar a soltar as amarras que me prendem por aqui, minha meta é  pelo menos ir morar no litoral, mais perto do mar que era uma meta para 2014 mas não rolou!
Desejo a todos vocês amigos da internet e os que fazem parte do meu mundo real (sou de peixes, portanto, meu mundo não é tão real assim, sou um sonhador inveterado e incorrigível) boas festas, muita paz, saúde, harmonia, amor, carinho, família e
BONS VENTOS A TODOS NÓS!


Até 2015!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COLOCANDO O PAPO EM DIA!

Gente, faz um tempão que não escrevo nada no blog eu sei, mas é por um motivo bem simples, não tem nada acontecendo, a última vez que eu tinha visto o Vivre foi em 25 de setembro de 2014, ou seja, mais de dois meses atrás. Esse ano esta sendo meio difícil mesmo, ainda não terminei a reforma do barco, falta só o interior mas não tenho dispensado a atenção que deveria para o barco, confesso que me perdi nas tarefas, minhas planilhas e cronogramas estão todos largados pelo disco rígido do meu notebook.

Neste final de semana fomos eu e o Willyan só para limpar o casco do Vivre, pensei que estaria um nojo mas foi fácil fácil, decidi fazer a limpeza em dois dias, no primeiro fiz o casco, raspei as cracas e depois passei um pano para tirar aquele "lodinho" que fica acumulado, no outro dia fiz o mesmo com a quilha, ficou um espetáculo, serviço muito bem executado (se eu não fosse humilde eu seria perfeito! ehehe).

Fiquei com preguiça de levar o motor de popa de 3,5hp para colocar no bote que o Léo sempre me empresta, então levei só o bote inflável, bote de piscina como já me disseram, e o remo, levei também minha caixa de ferramentas e algumas roupas, descarregamos tudo lá na prainha da Ribeira e enchemos o bote, colocamos tudo dentro e toca remar o excursion 3, bem no meio do caminho o bote já estava quase vazio, imagina eu e o Willyan rebolando para não entrar água dentro do bote murcho e molhar as roupas e a comida, parecia que estávamos remando um tapete de plástico entre os veleiros. Pra falar a verdade eu até já esperava que isso acontecesse, mas não tão rápido! Depois de remar nosso tapete mágico chegamos no Vivre,  que esta de casa (poita) nova que é um pouco mais distante da praia, percebemos que o barco mexe mais, também já esperava isso, mas não tanto!

No final da tarde recebemos a visita do Anderson navegando o proa da manhã, um 23 pés com cara de 26, depois, mais a "noitinha", conheci o Marcos que chegou de botinho e atracou a contrabordo do Vivre, dono do Marabelo, um veleiro de 35 pés, projeto alemão, novo vizinho de poita do Vivre, a compra do barco tem toda uma história que me foi contada durante nossa conversa, acho esse clima de camaradagem que se tem no mar o maior barato, talvez seja uma das coisas mais legais da vida no mar, o Marcos me falou de seus planos com o veleiro ele vai subir até a Bahia, Recife, Fernando de Noronha e depois segue para a África, com ebola e tudo.

Como faz tempo que não escrevo aqui, acho que não contei sobre a minha vela mestra que chegou da reforma faz um mês, esta novinha, reforçada e com um rizo a mais, só falta usar!

É isso ai gente, por hoje é só, pra finalizar segue a foto do leão marinho que estava nadando por perto do Vivre!



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

HAJA PACIÊNCIA!



Reformar um veleiro é coisa de louco, nunca acaba, sempre tem mais uma coisinha pra fazer.
Em 15 de março de 2013 iniciamos a reforma do Piano Piano, que viria a se transformar no Vivre (veja o post deste dia aqui), após 188 dias em 19 de outubro de 2013 o mastro do Vivre foi erguido novamente (veja o post aqui), de lá pra cá a reforma do barco foi feita com calma e de acordo com as condições financeiras da família, mais de acordo com o dinheiro do que calma, depois que o mastro subiu eu mesmo refiz a parte elétrica do barco inteira, arranquei cada cabo elétrico que tinha no veleiro e troquei por novos, hoje não temos emenda no cabeamento elétrico do barco, exceto na fiação que vem do mastro, o bastecimento de água doce esta pronto com uma bomba pressurizada e uma bomba daquelas de pé. Além disso a genoa é nova e a mestra esta totalmente reformada com um riso a mais, ela que tinha somente um riso agora tem dois.

Como o que já esta feito esta muito bem feito, o negócio é olhar para frente e ver o que falta arrumar, e ainda tem umas coisinhas, a primeira é regular o mastro e instalar o enrolador de genoa nele, então  o barco já vai estar pronto para velejar novamente, depois temos que fazer o acabamento interior e acabou, eu acho!

Apesar do barco ainda estar em reforma, este ano velejamos algumas vezes e o nosso réveillon foi no veleiro, uma nova tradição da família, mas na maioria do ano o barco ficou na poita (hoje o Vivre tem sua poita própria) e nós simplesmente fomos dormir no barco, como se ele fosse uma barraca flutuante, e vou te dizer uma coisa, é frustante constatar que hoje temos um barco que serve de barraca!

Meu conceito de barco perfeito é de casinha mesmo, gosto de fogão, cama bem arrumadinha lençóis, travesseiros, rádio, luz panelas, jogos tudo dentro do veleiro.

Paciência é uma virtude que eu não tenho, ou não tinha, o Vivre me ensinou meio na porrada a ser um pouco mais paciente, agora é raspar o cofrinho e terminar as coisinhas que ainda faltam para retomarmos as velejadas e passeios nos finais de semana!

De tudo isso o que mais me agrada foi reformar o barco sem gastar muito, eu mesmo fiz muitas coisas e isso leva tempo já que só posso trabalhar no barco aos finais de semana, se fosse fazer de novo uma reforma eu traria o Vivre mais para perto, talvez subíssemos a serra juntos, eu fico imaginando como seria curioso chegar com um veleiro e coloca-lo em um terreno que tenho aqui em Caçapava e também como facilitaria o trabalho!

Bem, agora só falta um pouquinho... Haja paciência!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MAR E SOM!


Sol, mar, família, descanso, celular desligado, e a máquina de tempo (o barco) trabalhando para que seu dia seja perfeito, neste cenário nada melhor do que música, pode ser qualquer estilo, desde que você goste, é isso meus caros, um barco pede, quase implora, por um equipamento de som, principalmente se você estiver ancorado e tomando aquela cervejinha gelada!

Eu gosto muito de rock, ouço bandas como Iron Maiden, Nirvana, Pitty, mas também rola um Nando Reis, Ira, The Cranberries, Los Hermanos, Engenheiros do Hawaii e por ai vai, porém, meu vizinho pode detestar esse estilo de música e se eu abusar do som vou estragar, no minimo incomodar, o dia da família que esta no barco ao lado, ou o cara pode ficar invocado e "tampar" meu som com um FUNK no último volume do equipamento de som dele, que com certeza é bem melhor que o do Vivre, ainda mais se o barco for uma lancha.

Resolvi fazer este post no dia em que passei pela Ilha da Cutia em Paraty e lá tinha uma lancha bem grande tocando uma música muito, mas muito alta, além da música não me agradar, percebia-se nos outros barcos um constrangimento pelo fato do pessoal estar bem alcoolizado, as meninas estavam soltinhas e só não rolou um stripee tease pois alguém lá na lancha, em um lampejo de bom senso, colocou as meninas para dentro, que fique claro que não tenho nada contra o streep tease e confesso que fiquei bronqueado com o cara que recolheu as beldades, mas vamos voltar ao assunto.

Um som para o barco deve ser marinizado, deve ser de muito boa qualidade, com twiters e auto-falantes das melhores marcas e equalizadores de vários canais, um investimento de no mínimo R$ 2.000,00...
...ou pode ser um radinho igual ao que eu tenho no Vivre, veja ai:

Investimento: R$ 70,00
Mais do que o equipamento, o que realmente importa é o respeito com as outras pessoas, fiz uma listinha com algumas regras que eu sigo para não me tornar inconveniente:
1- Quando for chegar em algum lugar abaixe ou desligue o som, chegue no estilo veleiro, ou seja, quietinho sem fazer barulho.
2- Som a noite, só se for bem baixinho, principalmente se tiver outros barcos por perto.
3- Durante o dia pode colocar a música um pouco mais alto, mas com bom senso, eu costumo dizer que se você necessita aumentar a voz para conversar deve abaixar o som do rádio.
4- Nem todo mundo gosta do mesmo estilo de música, e ninguém é obrigado a escutar sua banda preferida.

 Música combina muito bem com respeito!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

DE VENTO EM POPA! (PARTE 2)

Continuando de onde parei no post anterior, acordamos bem cedinho no sábado (06/09/2014) e nossa previsão de que a previsão do tempo iria falhar se confirmou, mar tranquilo e quase nada de vento, mesmo assim resolvemos sair rizados, arrumei a mestra e deixamos tudo pronto e resolvido no convés para que quando abríssemos as velas nenhum cabo viesse a dar trabalho, foi ai que o Malito me fez duas perguntas que eu não soube responder:
- Qual a finalidade da bicha? (aquele cabinho na valuma da mestra)
e a segunda foi
- Como se chama o cabo que caça a esteira da mestra? Aquele que vai amarrado no punho da escota?
Não soube responder e ainda não sei, fico aguardando a resposta de vocês!

Assim que saímos da marina do engenho um ventinho bem legal, mas bem na cara, portanto, fomos a motor até um determinado ponto (gostaria de ter encontrado a carta náutica digital da região, mas não encontrei, por esse motivo não tenho como explicar em detalhes o nosso percurso), quando o Malito achou que já estávamos seguros e longe de um banco de areia resolvemos abrir a genoa e subir a mestra em uma orça apertada, foi ai que descobrimos que a mestra não armava de jeito nenhum, ficava feia, toda enrugada, mais tarde, bem mais tarde, descobriríamos que isso aconteceu pois não soltamos o amantilho, novamente esqueci desse cabinho cachorro!

No caminho, para a cotia, tivemos alguns problemas com o GPS o que me fez pensar que deveríamos ter traçado uma rota no bichinho ao invés de sair por ai esperando os perigos aparecerem na telinha para desviar, se bem que os perigos reais o Malito já tinha marcado, mas uma laje bem profunda (mais de 8 metros de profundidade) não escapou e passamos bem por cima dela!

Chegamos na ilha da cotia, e esperamos o almoço que foi encomendado no barco bar, uma porção de lula à dore, que estava uma delícia, nadamos um pouco na água gelada e depois esperamos a hora de partir apreciando a paisagem e jogando conversa fora, o tranquilidade seria total se não fosse uma lancha com uma turma bem alegrinha e com um som horrível no volume máximo, uma pena que nem todo mundo que vai ao mar respeita a tranquilidade e o espaço dos outros!

Lá pelas 14:00 resolvemos voltar, queríamos sair da baía e ver como estava o vento la fora, e estava bem fortinho, por isso resolvemos ir só de genoa, o problema foi que, se na ida pegamos vento na cara, na volta ele estava na popa, então traçamos uma rota para que pudéssemos receber o vento em uma popa rasa, e ai é que nós apanhamos da vela, ela não armava de jeito nenhum, sempre querendo fechar, não teve jeito, saímos um pouco mais e conseguimos uma alheta. Nunca tinha velejado com vento de popa, geralmente vou de través e as vezes numa orça folgada, sempre seguindo uma regra que eu acho certa, começa com as velas bem caçadas na orça e vai folgando conforme vai arribando.

E aquele carrinho que fica correndo de um lado pro outro? No vivre não tem esse negócio não e a escota a mestra fica presa bem no meio o poço, me lembrei que li em algum lugar que o carrinho fica sempre do outro lado da retranca, ou seja, retranca a bombordo carrinho a boreste, mas não tenho certeza!

Apesar da falta de experiência com os aparelhos do Clipper e a surra da vela na popa rasa, foi divertidíssimo, portanto, não poderia ser melhor e estava tudo certo!

No final da tarde lá pelas 17:00 já estávamos na vaga do Clipper, ai foi arrumar o barco e tocar de volta para o escritório!

Olha ai umas fotos:

Malito no comando!

Selfie!

Brigando com o GPS HIPER MEGA PLUS MASTER do Clipper

Sobrou pra quem puxar a corrente e a âncora de 15 quilos?

Pela cara dá pra imaginar como foi o fim de semana!

E foi isso amigos, agora é velejar o vivre para que ele não fique com ciúmes!
Pra finalizar, gostaria de avisar que o Clipper esta a venda, interessados podem entrar em contato comigo pelo e-mail walnei.antunes@gmail.com que eu coloco o Malito na linha, o preço esta excelente.
Até mais!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

DE VENTO EM POPA! (PARTE 1)

Finalmente, depois de alguns meses consegui desfraldar velas, mas não foi no Vivre e nem em Ubatuba. Para que o post não fique cansativo resolvi dividi-lo em 2 partes, vamos a primeira.

Tudo começou com uma mensagem do Luiz Malito pelo facebook me perguntando se eu queria velejar o Clipper em Paraty, claro topei na hora, só havia um pequeno problema, a previsão do tempo. Durante a semana toda meu facebook ficou repleto de amigos velejadores comentando sobre o tempo, a marinha enviava avisos constantes de mar grosso e vento forte, o windguru e o cptec inpe a mesma coisa, mesmo assim resolvemos arriscar, se a previsão se confirmasse simplesmente não sairíamos.

O Malito me pegou em Caçapava por volta das 13:00hs e partimos para Paraty, mas antes passamos em Ubatuba para pegar uns adesivos do Clipper feitos pelo pessoal da VBROS adesivos para barcos, esse pessoal é um exemplo de bom atendimento e qualidade, quem dera todo prestador de serviço de Ubatuba, principalmente ali na Ribeira, aprendesse a fazer um serviço de qualidade  como o pessoal da VBROS, parabéns para eles.

Chegamos em Paraty e "caímos" para dentro do Clipper para fazer uns reparos na parte elétrica, separamos o automático da bomba de porão do resto do circuito para que, mesmo com o painel desligado ela funcione, reparamos também o cabo que alimenta o motor de arranque do Yanmar zerado do veleiro, não imaginava que meu curso de eletricista no SENAI me serviria tantos anos depois, com os conhecimentos adquiridos lá em 1991 fiz a elétrica do Vivre, ajudei a dar um talento no Clipper e estou esperando o Juca chamar para fazer o projeto elétrico do Malagô!

Já era início da noite quando fomos até Paraty para comermos alguma coisa, cara que preços são aqueles, R$ 20,00 uma garrafa de cerveja que pago R$ 5,00 aqui em Caçapava, assim não dá! Logo que voltamos para o Clipper chegou o Daniel, o terceiro tripulante, o Daniel é um cara super divertido, gente boa e muito de bem com a vida, o mundo da vela é assim, de vez em quando conhecemos pessoas realmente diferentes que fazem a gente imaginar que o mundo ainda tem jeito e que vale a pena esperar algo de bom do ser humano, para minha alegria ele trouxe uma garrafa de vinho português e algumas cervejas, pronto, o papo de popa foi até 1 da madrugada. Durante nossa animada conversa o Malito levantou a peteca do vento, consultamos o windguru e percebemos que o a previsão de vento para a noite não estava se confirmando, vento zero lá na marina do engenho!

Decidimos que se a previsão continuasse falhando iriamos sair bem cedinho no dia seguinte, e assim foi...

No próximo post vou falar da nossa velejada e como foi difícil acertar as velas em um vento de alheta, por enquanto vou deixar uma foto do belo veleiro Fast 303 que é  o Clipper!


terça-feira, 2 de setembro de 2014

VELEJADA DE 02/09/2014

Hoje fomos velejar, eu o Gabriel e o Arthur, alguns podem me criticar mas o Gabriel de apenas 4 anos fez tudo, soltou as amarras, ligou o motor, içou as velas e conduziu o próprio barco até a Praia do Sul, que fica na Ilha Anchieta lá em Ubatuba, vejam o vídeo:


Pegando emprestado o bordão de uma amigo,
VAMOS NA IMAGINAÇÃO MESMO!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

UMA POITA PRA CHAMAR DE MINHA!

Hoje, acabei de me libertar de dois fantasmas:
- Pagar pra deixar o vivre na poita dos outros
- Ter certeza de que a poita do vivre esta bem dimensionada e com manutenção em dia.
Apesar da poita nova ser bem próxima da que eu estava locando, achei que ficou muito pra fora, depois das boias de sinalização do canal, além de ter ficado mais próximo do canal propriamente dito, o problema disso é que alguns amigos donos de lanchas, aceleram muito logo após a última boia do canal e isso causa uma marolinha mais ou menos! Dá uma olhadinha nas fotos ai:

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DIA DE PRAIA!

Eu iria descer para Ubatuba no sábado, mas ocorreu um acidente na serra, parece que um ônibus virou e a estrada ficou interditada a manhã toda, dei meia volta e combinei de levar todo mundo para a praia no domingo, os meninos já estavam com saudades de pegar ondas com suas pranchas e não deu outra, toparam na hora. Fazia muito tempo que não tínhamos um dia de praia, tipo turista mesmo sabe, isopor, pão com presunto, coca-cola e cervejinha na areia!
Fizemos assim, fui de manhã até a Ribeira para limpar o casco do vivre, e aqui tenho que fazer uma reparação, a pintura venenosa esta show de bola, quase um ano após a pintura a venenosa esta fazendo seu trabalho direitinho, é fácil limpar e não junta muita craca, fiquei pelo menos 60 dias sem limpar o fundo do barco e achei que iria encontrar um paredão de cracas daquelas bem difíceis de tirar, qual não foi a minha surpresa ao perceber que meu trabalho iria ser bem fácil, cai na água e em 30 minutos estava limpinho. Andei bisbilhotando o blog do gaipava e percebi uma ferramenta que o comandante Ricardo usa, um prolongador para a espatula com um flutuadorzinho amarrado, sem vergonha nenhuma copiei a ideia,  a diferença é que uso uma espátula de plastico, acho que é menos agressiva com o barco, com um cabo passando por baixo do barco (outra invenção do Ricardo Stark) fica mole mole fazer a higiene do vivre! Assim que terminei partimos para a Praia Grande, o dia estava uma delícia, temperatura acima dos 30 graus, a piada do dia ficou por conta do Arthur, que chorava cada vez que pisava ou colocava a mão na areia fofa da praia, por isso ganhou o apelido de Davy Jones, queriam até arrumar um balde com água salgada pro menino!!!
Bem, o barquinho ta limpinho, elétrica OK, hidráulica OK, faltam só três coisas para o vivre voltar a velejar, regular o mastro, trocar o estai de proa e trocar o cabo da âncora, da última vez que usei senti que ele esta bem baleado, como costumo pegar uns "ventão" nos fundeios da vida acho prudente fazer a troca!
O melhor, estamos planejando duas velejadas no início do mês que vem, uma vamos eu, minha mãe, minha esposa e os dois pequenos, pretendemos ir até a praia do sul, dormir na Anchieta e voltar, na outra, eu e os meninos mais velhos pretendemos chegar e dormir lá na Picinguaba, tem um fundeio bom lá mas fica desabrigado do SW, portanto depende muita da previsão do tempo, ainda seguindo o roteiro de atividades do vivre, vamos fazer um cruzeiro em flotilha até Ilhabela, mas esse ainda é só uma ideia!
Para finalizar o post, segue uma foto do meu Davy Jone:




terça-feira, 29 de julho de 2014

FRIO NO BARCO É MELHOR QUE FRIO EM CASA!

O que leva um homem adulto normal a contar os segundos para ir até o mar, subir num bote embaixo de chuva e passar dois dias e uma noite sentindo frio, trancado dentro de uma cabine de veleiro? Eu acho que tenho a resposta - PAIXÃO!

Mas posso estar enganado, pode ser fuga, fuga do dia a dia, fuga da TV, da política, da rotina, também pode ser para tentar ensinar aos filhos o tamanho do mar, o tamanho do mundo, ensiná-los que a vida não se resume a dinheiro, trabalho, telefones celulares e vídeo games, mostrar-lhes que viver é muito mais que isso, dar-lhes uma janela muito maior do que a da sala de estar. Mais um motivo me ocorre, pode ser para voltar ao simples, dentro de um veleiro é tudo muito simples e a conversa flui naturalmente sobre coisas simples! Mas pode ser só paixão mesmo!

Neste final de semana fomos até o vivre só para ficarmos girando em torno da poita, mas girando com frio. Fomos eu, o Wallace, o Gabriel (esse não falha uma) e o Jamil que novamente foi munido de tudo que é tipo de equipamento de pesca, e novamente não pegou nadinha, nadinha, e o pior, perdeu uma isca de lula e um carretel inteiro de linha, a tralha criou vida e pulou da minha mão para o mar, até dava para pular na água e tentar pegar, mas "tava" muito frio!

Olhem as fotos ai:

Frio de renguear cusco

O nosso faz tudo!

Esse não abre mão de ir para o barco, e olha que a Lena tentou fazer ele ficar em casa viu!

Jamil e vinho Dani, em um relacionamento sério!

Como o Jamil não pescou, teve de fazer uma visitinha no mercado municipal de Ubatuba!


terça-feira, 22 de julho de 2014

ERROS! SEMPRE É BOM LEMBRAR DELES!




Era dia 29 de dezembro de 2012 e os raios de sol haviam acabado de entrar pela vigia do veleiro vivre, e como de costume, foram buscar meu rosto, gosto de despertar assim! Levantei bem quietinho para não acordar ninguém antes de fazer o café, sempre que estamos passando alguns dias no vivre quem faz o café sou eu, também gosto desta tarefa.

- Pai, o que iremos fazer hoje, para onde vamos? - Perguntou o Willyan, meu filho mais velho, ainda com aquela cara típica de quem acabou de acordar e já com uma caneca de chocolate nas mãos.
- Ouvi falar de um barzinho muito legal que fica na praia do Soares, vamos para lá! Respondi. Se ele soubesse o que passaria neste dia, ele teria ficado em Caçapava na casa da vó!

A praia do Soares é uma pequena praia incrustada na costa de Ubatuba, só se chega lá de duas maneiras, de barco ou por trilha, carro e moto nem pensar, e tem como principais atrações as belezas naturais, a calma, que são a inspiração dos velejadores de cruzeiro (se é que posso me considerar um deles!), e o bar do Soares!

Todos já tinham tomado seu café, o barco estava em condições de velejar, louça lavada e guardada ,na verdade é tudo de plástico exceto as panelas e os talheres, o vento era fraquinho e eu icei as velas com a ajuda dos meninos, mestra e genoa, todo o pano em cima, dei partida no motor que não dava seguimento pois não estava engatado, sempre deixo o motor ligado alguns minutos antes de sair, aumenta a confiança no equipamento sabe? Dei a ordem para o Wallace, meu segundo filho.
- Pode soltar o barco, estamos prontos!
  Engatei o motor que roncava aquele som monótono e o vivre seguiu lentamente, os meninos já me falaram que preferem ficar boiando a navegar com o motor, contudo, o motor ainda é parte importante do veleiro para mim, mais até do que as velas, já que elas me causavam um certo desconforto, e esse desconforto só iria aumentar dentro de algumas horas.

Desliguei o motor, assim que saímos da área onde as lanchas, veleiros e outros tipos de barco ficam amarrados em suas poitas lá no Saco da Ribeira. O Saco de Ribeira é um lugar fantástico, cheio de veleiros que se enxerga da estrada, tem até alguns mirantes na rodovia, quem olha lá de cima não consegue sentir o pulsar da vida entre os barcos, são famílias em seus botes passeando entre os barcos amarrados, marinheiros tentando ganhar a vida honestamente, as vezes nem tão honestamente, pequenos pecados são constantemente cometidos por alguns deles, coisas como usar materiais inferiores ao combinado, preços e prazos estourados, camuflagens perigosas de serviços mal feitos ou incompletos, essas coisinhas, lanchas partindo ao mar cheias de gente e música alta, tem também os pescadores em seus "toc tocs" e a turma do churrasco no veleiro, muita vida em muitos barcos! O vento estava fraco e velejamos preguiçosamente entre 1 e 2 nós, atravessamos assim a praia do flamengo e fomos em direção a ponta grande de onde já dava para enxergar a ilha do mar virado, que não tem esse nome a toa, e eu deveria ter me atentado a esse detalhe, como nosso destino estava longe e o vento fraco resolvi dar partida no motor e seguir a vela e a motor!

O veleiro estava entre a ilhota de fora e a laje dentro, aquele pedacinho de mar é cheio de lajes, em outra ocasião eu tracei a rota na carta náutica e o Willyan me pergunto porque motivo eu queria fazer o vivre atravessar a laje perdida:
- Pai, o senhor colocou rodas no vivre? Pois vai passar bem encima da laje perdida!
Eu disse que tinha traçado aquela linha para ver se ele estava esperto - Mas ele não caiu!

Pois bem, continuando, estávamos perto da ilha do mar virado, entre a ilhota de fora e a laje de dentro quando entrou uma rajada de vento que encontrou todas as velas em cima e um motor ligado em velocidade de cruzeiro, o vivre adernou mais do que eu gostaria e estava acostumado, a Lena minha esposa estava dentro da cabine com o Gabriel, meu terceiro filho, ela o agarrou e sentou com ele na cama de bombordo, enquanto as latas de mantimentos e as frutas se espalhavam pelo interior do veleiro como se estivesse em uma máquina de lavar roupa, o Gabriel na época com com dois anos, não entendia nada do que estava acontecendo, mas, talvez por sentir a tensão na maneira que a mãe o pegou e protegeu, começou a chorar, o Wallace que estava na proa do barco, meu primeiro erro, escorregou e foi parar no guarda mancebo, o Willyan estava ao meu lado no cockpit com a escota da genoa nas mãos como de costume. O barco adernado a ponto de que, quem olhasse da vigia  só veria água, parecia que estávamos inclinados a 60 graus, o motor girando o hélice fora da água, e quando isso acontece aquele som monótono do motor se transforma em um rugido de um animal feroz, feroz e faminto, tudo isso aconteceu em questão de segundos, eu só queria que o barco voltasse pra uma posição confortável, então cometi o maior erro de todos, soltei a escota da mestra e com uma guinada na cana de leme aproei o barco para o vento, mandei o Willyan ir até a proa e ajudar o irmão a baixar a genoa, ele atendeu prontamente, mas como o mar não perdoa erros, em especial os erros idiotas, assim que ele levantou o vento rondou e encheu a vela mestra, vento forte, barco aproado ao vento e escota da mestra solta só poderia resultar em uma coisa,  por sorte eu estava com a escota da mestra na mão e quando percebi o que ia acontecer cacei, puxei aquele cabo com toda a velocidade que meu braço permitia, mas não teve jeito, foi um TOC chocho e o menino caiu dentro do cockpit, a retranca tinha cruzado o cockpit e parado na cabeça do Willyan, por sorte, muita sorte, ele caiu dentro do barco, achei que ele tinha quebrado o nariz ou mesmo o crânio, e assim como a rajada de vento chegou, ela passou, só durou o suficiente para causar o acidente.

Quando o Willyan se levantou, tinha aquele olhar de quem esta confuso, de quem acabou de acordar de um pesadelo e percebe que esta na cama, desliguei o motor, e o Wallace, que na primeira oportunidade tinha pulado como um gato para dentro do cockpit, assumiu o leme e eu fui examinar a cabeça do marinheirinho ferido enquanto a Lena acalmava o Gabriel e tentava entender o que tinha acontecido, não achei nada além de um belo galo, tudo tinha sido apenas um susto, lição dada lição aprendida, imediatamente comecei a enumerar meus erros, que foram muitos e primários.

Nos próximos posts vou contar como, exatamente um ano depois, uma situação parecida aconteceu novamente, porém com um desfecho menos doloroso para a cabeça do Willyan e para meu ego! 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

QUANTO CUSTA MANTER UM VELEIRO?




Ai alguém me pergunta:
- Walnei, qual seu hobby?
E eu respondo:
- Velejar! - Como se falasse jogar futebol!
E sempre depois da resposta fico observando as pessoas, geralmente o que vejo é uma rápida e passageira expressão de susto, ninguém espera ouvir isso, então fico esperando a próxima pergunta, que poderia até responder antes da pessoa perguntar, pois a pergunta é invariavelmente a mesma, as palavras podem mudar mas a pergunta é a mesma:
- Ta milionário cara? 
Então, me preparo para outra rápida expressão de espanto quando respondo:
- Manter seu carro novo é mais caro que manter meu barco!

Não vamos falar aqui da aquisição do barco, mas dos custos que envolvem mantê-lo. No meu caso não pago marina, porém, alugo uma poita a R$ 100,00 mês, o que totaliza R$ 1200,00 por ano (esse custo não existirá mais, já que estou mudando para uma poita minha), tem também a "facada" do seguro obrigatório do barco R$ 17,00 por ano e a pintura de fundo R$ R$ 1500,00 a cada três anos, o que da R$ 500,00 por ano, não vou colocar aqui a limpeza do fundo pois isso eu mesmo faço, então custo zero se não levarmos em conta o valor da viagem, mas nem considero já que se eu não fosse limpar o fundo eu estaria no barco do mesmo jeito! AH! Tem também as manutenções como velas, vernizes, cabos, salvatagem, extintor, vamos calcular isso tudo em R$ 300,00 por ano. pronto, acho que temos um valor aproximado de R$ 2.017,00 por ano.

E o carro novo? IPVA R$ 1.800,00, pneus R$ 500,00 se você utilizar muito o carro talvez necessite trocar os pneus mais de uma vez ao ano, eu troco o óleo de 2 em 2 meses aproximadamente, e cada troca fica "nuns" R$ 100,00 totalizando R$ 600,00, manutenção mecânica vou calcular R$ 300,00 por ano, isso sem contar a revisão da concessionária, ainda tem  o seguro do carro, vou colocar baixo R$ 1.800,00 por ano, então teremos R$ 5000,00 por ano, isso se eu não errei na conta!

É claro que se você for reformar o barco, ou tiver que trocar algumas catracas ou estaiamento os valores podem disparar, mas isso não acontece todo ano! Agora, se você paga marina a coisa pode mudar de figura dependendo do barco e da marina você vai pagar algo entre R$ 280,00/mês até onde a imaginação do dono da marina permitir:


manter um veleiro:                              R$ 2017,00
Combustível para velejar o ano todo:  R$ 500,00
Mantimento para os passeios:             R$ 500,00
Velejar com a família, NÃO TEM PREÇO!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O QUE MAIS FAZEM AS VELAS ALÉM DE IMPULSIONAR O BARCO?



Esses dias assistindo ao canal #sal (https://www.youtube.com/watch?v=bFv1sfKzPkA&list=PLqL8XKXLzHW6C555j9gz-YvtG8qsZB6wl&feature=share), mais especificamente o vídeo Dia #10, pensei em como minha vida mudou desde que a vela entrou definitivamente nela, e descobri que gosto mais de viver, hoje toda vez que acendo um cigarro, toda vez mesmo, penso: quantos dias de mar este vício esta me roubando? Me tornei uma pessoa mais calma, pelo menos eu acho isso, menos estressada, me tornei um pai melhor e mais, muito mais presente, vejamos: Arrumei um sócio e saí do escritório da empresa, hoje só trabalho em casa, salvo em ocasiões especiais, isso em detrimento do meu pró-labore, óbvio, mas o que perdi no meu salário ganhei em tempo, ganhei em vento, ganhei em presença, continuo trabalhando muito, as vezes 18 horas, mas trabalho na mesa da cozinha de casa, os meninos tem acesso amplo geral e irrestrito a minha atenção. Fiquei mais perfeccionista e não sei se isso é muito bom.
A família também mudou, hoje temos mais consciência do que comemos, menos refrigerante, mais peixe, mais verde, falta abolir o álcool.
Mais o que realmente mudou foi a perspectiva de tempo e espaço, o tempo agora é nosso bem mais importante, quanto ao espaço, parece que tudo é pequeno, shoppings ficaram tão pequenos que quase nem frequentamos mais, e quando vamos é para observar uma janela, uma janela bem grande que é o cinema, como eu ouvi no vídeo do #SAL, "o horizonte do velejador é o mar", e ele não tem fim.
Descobri que o vento não enfuna apenas as velas, enfuna a mente, expande a visão, e quando isso acontece percebemos que tudo aquilo que pensávamos que era essencial não passa de bugiganga inútil, vencemos o consumismo e ganhamos liberdade!
É isso, hoje considero minha família do mar, ou talvez o mar nos considere uma família, não sei, sei que evoluímos!

domingo, 29 de junho de 2014

O BOTE DO VIVRE!

Já faz um tempão que estou sem bote de apoio, o pior é que o vivre fica bem longe do pier, então, toda vez que vou para o barco peço o bote emprestado de alguém, na maioria da vezes empresto do Léo, mas já pedi umas duas vezes para o Vandeco, que prontamente disponibilizou o bote para eu usar!

Comprar um bote inflável com fundo rígido, usado, seria minha opção mais inteligente, porém, como as vezes sou meio burro resolvi fazer um bote dobrável, acho que vai melhorar muito a velejada, afinal, velejar  com o bote amarrado na popa do veleiro sempre me incomodou bastante, é um lastro que não me agrada muito.

Revirei a internet em busca de um projeto free que fosse pequeno, estável e quando dobrado coubesse em um dos bordos do vivre, achei alguns projetos em foruns aqui do Brasil e de fora e elegi o futuro vivrinho, segue uma foto da visão geral do projeto para análise dos amigos, se alguém conhecer o projeto e quiser fazer algum comentário a favor ou contra ele, eu ficaria muito grato.

O projeto é antigo, mas me pareceu bem legal e lá fora quem fez (ou diz que fez) o bote é só elogios, mas será que alguém teria um trabalhão de fazer um bote e depois falar que ficou ruim?? Não sei, vou pagar para ver!


O botinho é o Handy Andy e tem aproximadamente 3mt e capacidade para 3 pessoas, vamos ver, quem sabe começo a postar aqui as etapas da construção do barquinho!

Se alguém quiser o projeto completo é só pedir, lembrando que o projeto é free, aos mais experientes em construção peço que coloquem suas observações ai embaixo nos comentários!


segunda-feira, 23 de junho de 2014

O TEMPO E O VENTO!

Já imaginou ficar trancado com uma criança e dois adolescentes em um quarto de 7mt X 2,5mt durante três dias, sem TV? Já imaginou as brigas e discussões? Tente imaginar como o tempo iria se arrastar até que a porta desse pequeno quarto se abrisse e todos ganhassem a liberdade e o espaço  necessário para viver a vida! Paradoxalmente, um "quartinho" desses pode trazer momentos de maior liberdade e sensação de estar vivendo a vida plenamente, mesmo que fazendo absolutamente nada ou simplesmente jogando conversa fora, não digo matando o tempo, mas, aproveitando o tempo!

Pois é, o vivre tem esse tamanho e durante os dias 20,21 e 22/06/2014 eu o Gabriel o Willyan e o Wallace ficamos todos junto dentro dele, ficamos praticamente o tempo todo dentro da cabine pois estava frio e choveu constantemente, não levantamos âncora, não içamos velas, apenas ficamos lá trancados boiando naquele mar imenso! E o tempo, o tempo passa de feroz ditador a dócil espectador das conversas, piadas, risadas e reclamações, parece que o tempo fica com dó de passar e deixar para traz esse clima de jantar de família dos anos 40, assim fica fácil dispensá-lo em forma de carinho, cuidado, atenção para a família, só no veleiro o Gabriel começa cantar pirulito que bate bate e quando se da conta esta sendo acompanhado pelo pai e irmãos mais velhos com se estivessem em um concerto de rock, com direito a aplausos e bis!
- De novo pai!!! De novo UÍA (é assim que ele chama o Willyan)

E assim vamos nos relacionando melhor com o tempo, com a natureza e entre nós também!

FRIO E PICTUREKA!!

DENTES ESCOVADOS, CABELOS PENTEADOS, TUDO PRONTO PARA COMEÇAR  DIA!

SÓ CHUVA!

DA JANELA LATERAL DO QUARTO DE DORMIR...





sexta-feira, 13 de junho de 2014

A MAIOR BOBAGEM DA MINHA VIDA!



A maior bobagem que fiz na minha vida foi comprar um veleiro, explico:
1 - Tem sempre algo para fazer, que faço com gosto!
2 - Quanto não tem nada para fazer invento alguma coisa.
3 - Tem que limpar o casco de sempre em sempre, esteja a água gelada, quente, gostosa ou congelante, para fazer isso tenho que ir ao litoral de sempre em sempre!
4 - Quando vou fazer alguma arrumação e tenho que escolher um ou outro para ir comigo é sempre muito chato, já que todos gostam do barco todos querem ir.
5 - Quando, por motivos de trabalho ou familiar, fico mais de 15 dias sem ir ao veleiro, não consigo parar de pensar nele, minha concentração vai pro espaço e os finais de semana ficam insuportavelmente entediantes.
6 - É necessário ler muito, o tempo todo envolvido com livros, sejam eles de histórias, estórias ou técnicos
7 - É necessário aprender mais sobre a natureza, ventos, marés, nuvens, frentes frias!
8 - Fico sem dormir direito quando tem previsão de fortes ventos ou mar agitado!
9 - Sou obrigado a me exercitar, seja nadando, mergulhando, subindo, descendo, andando de "gatinho" ou remando, e isso é constante dentro de um veleiro só para na hora de dormir!
10 - Ficamos mais afastados da tecnologia, celulares, internet e coisas assim ficam de lado, o celular fica quase que o tempo todo desligado!
11 - Fomos obrigados a aprender a consumir menos, já que no veleiro não dá pra enfiar tudo, só o necessário, e isso reflete em casa!
12 - Passamos por racionamento de água doce no barco e isso também refletiu em casa,juro que a minha conta diminuiu 50%
13 - Não tem televisão no barco, e vou falar que ninguém sente falta dela!
14 - O veleiro ideal é sempre 5 pés maior que o meu!


E mesmo assim eu adoro o meu veleiro, é como um vício, daqueles bem difíceis de abandonar, absorve a família toda.
Meu veleiro tornou minha vida mais feliz com toda certeza!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

ISSO NUNCA ME ACONTECEU ANTES!

Finalmente depois de um jejum de 60 dias fomos eu, o Willyan e o Gabriel para o vivre, a ideia era limpar o casco e instalar o painel de comandos provisório que fiz.

Chegamos no sábado bem cedinho e fui pegar o bote de um amigo, peguei uma carona com a aumar até o barco dele, com o motorzinho tohatso a tira-colo lá fui eu.
O mar estava um tapete, coloquei o motor na popa do bote, como ele esta revisadinho, pegou de primeira, fácil fácil, soltei a amarra que prendia o bote ao veleiro e seguindo as instruções do fabricante após a revisão, sai na marcha lenta,  de repente vejo um cabo azul passando por baixo do bote, desliguei o motor rapidamente, mas já era tarde e o cabo se enrolou no hélice, por sorte o remo estava lá, se é que posso falar que foi sorte, pois nunca saio de bote sem remo, sai remando o bote até o flutuante, e saquei minha caixa de ferramentas, tirei o hélice e removi o enrosco, demorou um bocado essa faina, o pior é que o cabo era do bote mesmo, estava bem amarrado na proa do bote, como ele estava na água não o vi!
Isso nunca tinha me acontecido antes e espero que seja a última vez!

Finalmente chegamos no vivre, estava lindo, sequinho por dentro, sem mofo, comida estocadinha , era só entrar e curtir,  ou melhor trabalhar, comecei pelo painel que ficou assim:


Tem umas bolhas pois no acabamento eu usei o multifuncional papel contact, agora estou fabricando o painel definitivo que vai ser impresso com serigrafia, já fiz a arte do painel, só falta mandar revelar a tela e enviar para "silkar", mas tenho outras prioridades, em outro post falarei delas.
Colocado o painel e a iluminação de fita de led que o barco ganhou ficou show, mas quando liguei a luz de top para testar apagou tudo, já desconfiava que a minha bateria estava no bico do urubu, mas confesso que fiquei chateado quando confirmei que ela não segura mais a carga, mesmo assim ainda aguentou a iluminação interna durante a noite.

A raspagem do casco foi fácil, fácil, achei que o serviço da venenosa tinha ficado "male má" mas acabei percebendo que ficou muito bom, a pintura esta bem espessa e a craca sai com muita facilidade, depois de 60 dias sem limpar a maioria do serviço foi só tirar aquele "lodinho" que fica no casco, o único problema é exatamente onde havia o apoio da carreta no casco, quatro pontos onde a tinta venenosa ficou mais "fina", mas esta lá.

Acho que meus meninos nem conhecem o barco direito, o vivre tem um efeito colateral no Willyan e no Walace, sono, como esses meninos dormem no barco, dessa vez o Willyan dormiu as 17:30h, só acordou as 21:00h para tomar um gostoso chocolate quente que preparei e voltou a dormir até 8:30h de domingo.

No domingo saímos remando pela Ribeira de bote para ver outros veleiros e conversar com outras pessoas, acabei conversando com o dono do Mutum, um veleiro bem parecido com o multichine e de fabricação francesa, o cara trouxe o barco da Europa, passou pela África e chegou por aqui, só levou quatro anos, vida ruim essa de velejador né??

Para finalizar segue uma foto do Gabriel no vivre, como esse menino gosta do barco, precisam ver o escândalo que ele fez quando a vista dele alcançou o vivre bem de longe, achei que ele iria se jogar na água.
-Olha lá pai o "beco vive", ta chegando, anda pai, anda pai... vamo pai ...
Chegou a chorar, não um choro aberto, mas contido e emocionado, achei lindo!


Agora não vou mais demorar tanto tempo para voltar pois trouxe a bateria para fazer uma manutenção e se não funcionar terei de comprar outra, portanto, o barco esta sem bomba de porão, então, não posso demorar mais do que 15 dias para voltar!
Por hoje é só pessoal, até o próximo post!

quarta-feira, 19 de março de 2014

VÍDEO DAS FESTAS DE FIM DE ANO 2013/2014 NO VIVRE.

Demorou mas acabei de fazer o nosso vídeo de fim de ano.


Neste final de ano que passou recebemos muitas pessoas no vivre, aprendi um pouquinho mais sobre vela e barcos, conheci lugares novos, fiz novos amigos e revi amigos antigos (se é que amigos ficam antigos)
Navegamos bastante e nos divertimos de montão, como um amigo diz, se for divertido esta certo, então deu tudo certo!

segunda-feira, 17 de março de 2014

ATRACANDO, AGORA COM PROVAS!

Gente, decidimos na quarta-feira (12-03-14) que iríamos todos para o vivre, a ideia inicial era que eu iria com os dois meninos mais velhos, mas a patroa quis porque quis  ir, e eu logo tratei de arrumar tudo e planejar novamente, com todo mundo no barco é mais gostoso!

Comprei uma furadeira/parafusadeira de bateria, carreguei a bichinha e partimos no sábado depois do almoço. A missão era limpar o fundo, arrumar a gaiuta que a tempos estava amarrada para não voar com o vento e tirar a genoa que veio com o enrolador que eu acabei colocando errado e vocês não vão acreditar, perdi o estai de proa, com a força que eu fiz para enrolar a genoa o cabo de aço meio que desenrolou e eu só vi quando tirei a vela, mas eu já esperava isso pois li em alguns blogs que isso acontece e pode até partir o estai, agora vou ter que colocar a vela corretamente. De acordo com especialistas na área (Juca Andrade), se eu entendi direito, a vela, que tem um cabo de aço na testa, fica fixa e substitui o estai, vejam bem isso é conclusão minha, e ainda na linha de : SE eu entendi DIREITO, a vela não vai poder ser arriada e esse é meu medo, e se entra um ventão? Me disseram que com ventos fortes a vela não enrola, neste caso a porca torce o rabo né??!! Vou consultar melhor os especialista em velas (Juca Andrade) e entender tudo que ele me disse e ainda me dirá, antes de colocar a vela novamente!

O passeio foi tão gostoso, apesar de não sairmos da Ribeira, que decidimos que voltaríamos só na segunda, mesmo sabendo que os dois meninos mais velhos perderiam aula, sou um pai orgulhoso dos meus filhos na escola, ambos são reconhecidamente bem comportados em classe e sempre andam com as notas acima da  média exigida e só faltam em casos de necessidade, isso me permite permitir uma cabuladinha de aula em ocasiões especiais como esta!

No domingo enquanto a Lena e os pequeninos ficavam na praia, eu o os mais velhos estávamos no vivre arrumando, furando, parafusando e organizando o barco, e não é que eu achei uma máquina fotográfica digital que havíamos perdido, ela já é velhinha e não bate mais fotos com a qualidade de outrora, mas deu pra tirar umas fotos e achei que elas ficaram com cara daquelas dos anos 80 lembram?? Daquelas tiradas com máquinas descartáveis e flash de cubo!

Na segunda acordamos e eu decidi trazer o motorzão do barco para uma revisão, então, com a confiança adquirida de umas duas ou três atracagens no pier, lá fomos nós.
Não me canso de falar como é gostoso atracar no porto, que sensação boa! Como nas vezes anteriores eu não tirei fotos, e tinha achado a velha máquina resolvi tirar algumas:






A qualidade das fotos não esta lá esses coisas pois, como já disse, a máquina já esta no bico do corvo, estava tentando escapar mas a Lena já intimou para comprar outra, uma boa agora, vamos ver se dá Lena, vamos ver!!
Até mais gente!

terça-feira, 11 de março de 2014

#SAL

Depois de uma estafa que caminhou para uma crise nervosa e rendeu vários dias afastado do serviço, agora estou retomando a minha vida normal, dei uma bela diminuída no ritmo e cada vez mais descubro quanto o mar e o barco me fazem falta!
Se tudo der certo pretendo ir trabalhar no litoral, passar mais tempo perto do barco e do mar, mas não vou ficar ansioso, essa coisa de ansiedade ainda me mata, sou tão ansioso que aciono a descarga antes de terminar de fazer xixi, é verdade, estou falando sério!
Durante este tempo que passei meio afastado de blog, facebook, barco, amigos, família, andei assistindo vários coisas na internet e o que eu achei de melhor foi #SAL, é muito legal, é para quem gosta de mar e vela esses vídeos me acalmavam durante os dias mais difíceis de reclusão e repouso forçado!
Seguem os links dos vídeos, inscreva-se lá vale a pena!





E por hoje é só pessoal!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PESCADORES DE ARAQUE E A PRAIA DO SUL!

Finalmente consegui carregar meu irmão para velejar, fazia um tempão que combinávamos mas na hora H falhava.

Chegamos na Ribeira na sexta (17/01/2014) de noite lá pelas 23:00 hs e fomos direto para  vivre, chegando lá meu irmão e o Wallace ficaram com foguinho de pescar, avisei que se pegassem algum peixe eu comeria a cabeça do bicho assim que embarcassem o peixe, e comeria cru, direto do corpo ainda com vida do bicho. Quando meu irmão pegou o molinete e começou a arrumar boias, chumbadas e anzóis confesso que fiquei com medo mas me mantive firme na proposta, lá pelas 2:00 da madrugada desistiram de pescar e mais uma vez eu não comi peixe, OOOO POVO PÉSSIMO DE PESCARIA VIU, RUIM MESMO!!! Na última pescaria do Wallace ele pegou uma estrela do mar, juro, o moleque pegou uma estrela do mar no anzol, teve outra vez, no veleiro de um amigo que ele jogou uma isca artificial no mar e uma gaivota se confundiu e mergulhou para pegar a isca, resultado, o menino pescou uma gaivota, UMA GAIVOTA!!!!!! Mas até o hoje o placar esta PEIXES 10000 X TRIPULANTES DO VIVRE 0, nunca ninguém embarcou um peixe no vivre!

No outro dia de manhã arrumamos tudo para zarpar, mas antes resolvi apresentar o Vanderlei para meu irmão e lá fomos para o veleiro Vandeco as 7:00 Hs para acordar o Vanderlei, fomos muito bem recebidos pelo Vanderlei e pelo Thiago, filho dele, e em certo momento o Thiago mostrou desejo de ir conosco para a velejada e falou sobre uma tal praia do sul lá na ilha anchieta, voltamos para o vivre, e quando fui içar a mestra adivinha, estava rasgada, não entendo como ela rasgou e eu não vi, realmente não compreendo, tirei a mestra e guardei na cabine para leva-la à terra e mandar remendar, e fomos a motor mesmo já que o mar estava um espelho e não havia previsão de mudar. Quando chegamos na tal praia do sul, fiquei encantado, que lugar maravilhoso, como ninguém me falou daquele lugar antes? E olha que estou sempre interpelando os marinheiros e velejadores da Ribeira sobre bons lugares para ir e todo mundo sempre fala da Anchieta e da sete fontes, o problema é que eu ia sempre para o lado errado da Anchieta.
Os meninos e o Wagner foram mergulhar (snorkel) e voltaram encantados com uma grande arraia que eles acompanharam de longe durante um bom tempo do mergulho, se já isso não bastasse, ainda encontraram todas as cores de peixes aos cardumes e corais não menos belos e coloridos, e o bobão aqui na areia tomando uma cerveja, como me arrependi de não trocar a cerveja pelo mergulho com eles. Fora o espetáculo subaquático ainda tinha a praia com uma gelada bica de água doce! Ficamos lá na praia do sul até as 16 hs quando resolvi voltar por estar com o barco sem mestra, confesso que a ideia de pegar uma chuva, aquela que falei noutro post que sempre chega no final da tarde ou comecinho da noite, também me fez colocar todos de volta no barco contrariados!

Foi um dia delicioso, na boca da noite como eu havia previsto desceu aquele pé d´água, tempestade de verão daquelas que metem medo mas passam rapidamente!

Meus agradecimentos ao Thiago por me apresentar a praia do sul, que a partir de agora esta entre meus destinos preferidos.

Olha ai algumas fotos:







Acreditem, esse índio tatuado na minha barriga já foi um curumim tatuado na minha costela

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A PRIMEIRA VELEJADA DO ANO! (FESTAS DE FIM DE ANO - 2013)

Depois da velejada do último dia do ano vem a primeira velejada do ano, pois é, finalmente fomos até a praia Sete Fontes, fica bem pertinho da Ribeira e nunca tínhamos ido até lá, a Lena já me cobrava uma visita a essa praia fazia um tempão!
Após a nossa última velejada eu decidi e comuniquei a todos que quando o Arthur e o Gabriel estiverem a bordo só sairemos risados e navegaremos a motor, isso por segurança e conforto das crianças e assim foi. A praia é linda e os quiosques que funcionam lá dão um show de atendimento e sabem cativar o cliente. Assim que chegamos na Sete Fontes uma voadeira se aproximou e me avisou que eu poderia usar a poita do quiosque, como eu sou bem chato com pessoas que querem tomar meu dinheiro perguntei:
- Ótimo, quanto custa?
E pasmem, não custa nada e nem é necessário consumir no quiosque, diante disso tive que deixar um trocado lá no estabelecimento, não faço nada para gastar meu dinheiro por imposição e não o dou para aproveitadores, mas quando fazem as coisas bem feitas eu não me importo de me desfazer de alguns tostões, não muitos é obvio, afinal sou um velejador!
O dia foi muito gostoso, permanecemos lá até as 16:00 horas e curtimos muito a praia, os meninos foram praticar snorkeling, uma das coisas que mais gostam de fazer no mar, e eu fiquei na areia, monitorando os meus mergulhadores e os dois pequenos que ainda não podem usar o equipamento de apnéia!
Vamos as fotos:



Infelizmente acabou a pilha da máquina fotográfica e tiramos poucas fotos, mas não tem problema guardamos tudo da memória mesmo!

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No dia 02 de janeiro de 2014 recebi a visita da minha mãe e do meu amigo e padastro Jamil. O Jamil é uma pessoa como poucas que conheço, tem um coração de criança e é muito respeitado e querido por mim, pela minha família e tenho certeza de que posso falar a mesma coisa pelo meu irmão, enfim o Ja é 1000 (HUMMM INFAME ESSA!).
Com a visita da mãe e do Jamil eu tive um problema o barco é homologado para 6 pessoas e minha turminha já enche o barco, então não pude sair para lugar nenhum e ficamos lá na prainha da Ribeira mesmo, e no barco sempre ficavam só 6 pessoas, portanto fiquei fazendo viagens de bote  o dia todo, mesmo assim foi muito bom, vejam ai as fotos:

O Jamil e o Vivre, não é que ele gostou da brincadeira?

Vó é mãe com açúcar né não???


Vou pedir para o Jamil comprar uma bermuda!






Minha Nega, meu tesouro!
E assim foi!