terça-feira, 8 de janeiro de 2013

GARRANDO COM A MAMÃE!

Olá amigos, essa semana consegui levar uma visita ilustre ao piano piano, minha mãe, a dona Neide, ela enfrentou todos seus medos, como sempre fez, e foi passar um final de semana conosco no veleiro, se contar ninguém acredita uma barriga verde com medo de barco. O que me deixou muito satisfeito é que iríamos pernoitar de sábado para domingo e voltarmos, porém, a pedido da dona Neide ficamos também de domingo para segunda, foi ótimo.

A vovó!
Chegamos no sábado a tarde e fomos direto para o barco, compramos umas cervejas e ficamos lá no conforto da nossa poita, a minha mãe resolveu fazer uma daquelas feijoadas em lata no barco, pode isso? pois bem a criançada comeu e logo dormiu, ficamos eu a patroa e a sogra dela jogando conversa fora e bebericando umas cervejas  até tarde da noite (23:00Hs isso é tarde lá no piano piano), com uma noite bem quente, um vento chatinho e mar bem agitado balançamos um pouco antes de dormir, me arrumei ali pelo cockpit mesmo e fui para o reino de Morfeu, a mãe parece que não teve uma noite muito boa mas não reclamou não, a criançada e a patroa nem ligaram para o balanço do mar e apagaram.
O Wallace não largou um minuto da vó

Acordei cedinho fiz um café para todos e logo  decidimos para onde iríamos, resolvemos ir para Ilha Anchieta, é perto da Ribeira e se a dona Neide passasse mal ficaria bem fácil retornar, ensinei a minha mãe a usar o colete salva vidas e não pude deixar de reparar como ela ficou fofa dentro daquela coisa abóbora, mostrei onde ficavam os coletes e em que situações ela necessitaria usá-lo, esse é o tipo de coisa que se tem que fazer com bom humor porém sem deixar perder a seriedade da coisa, é sempre complicado falar de ondas altas ou homem ao mar com uma pessoa que tem medo do mar. Como minhas velas estão sendo reformadas pois a mestra rasgou no dia 31/12/2012 fomos motorando até a Ilha, no caminho meu desejo de encantar minha mãe se realizou, avistamos uma turma de golfinhos ali no boqueirão, bem na saída da Ribeira.

Orgulho gordo da mamãe!
Quando chegamos na ilha começou meu velho drama do fundeio, nunca fico sossegado com os meus fundeios, faço assim: jogo o ferro, dou cabo, marco um ponto fixo para referência e não deixo o barco antes de uns 15 ou 20 minutos, e isso evitou um problema nesse dia, cheguei na ilha joguei o ferro e dei cabo e em 10 minutos percebi que estávamos garrando, puxa cabo, liga motor escolhe outro lugar, joga ferro, da cabo e espera novamente, logo percebi que estávamos garrando novamente, recolhe âncora e cabo, liga motor, escolhe outro lugar e dessa vez resolvi soltar mais cabo do que de costume, ai sim esperei uma meia hora e ficou claro que dessa vez o ferro tinha unhado bem! A criançada brincou na água até dizer chega mas a mãe, a Lena e eu ficamos na embarcação, meu bote é um intex explorer 3 que veio com o piano piano, o fundo inflável dificulta muito o embarque e quando chega na praia o bote é instável e o pior é movido a remo e a preguiça me fez inventar um milhão e meio de desculpas e não fomos até a praia, a mãe e a lena prepararam um lanche bem gostoso, comemos e zarpamos novamente rumo a praia do flamenguinho.

A praia do flamenguinho é bem gostosa, bonita e tem umas poitas que sempre emprestamos dos amigos desconhecidos, de novo criançada na água e nós conversando no veleiro, um final de tarde delicioso, foi ai que a mãe pediu para ficarmos mais uma noite.

Voltamos a nossa poita lá na Ribeira, e esperamos a noite cair, junto com a noite veio uma senhora chuva de verão com muito vento,  mesmo com a capota chovia no cockpit e ficamos todos dentro do barco e apesar do vento e da chuva estava quente pra dedéu, ai não teve jeito o negócio foi esperar a chuva diminuir e assim que isso aconteceu deu para refrescar um pouco " lá fora", ainda bem que a chuva veio depois do banho lá na sede da Aumar e de uma visita ao supermercado para comprar mais meia dúzia de cervejas que foram sorvidas com prazer durante a chuva, dessa vez dormi dentro do veleiro.

É isso ai pessoal, até o próximo post!

5 comentários :

  1. Walnei, eu já te disse isso antes, mas vou repetir: nunca vc vai soltar o ferro e ficar sossegado. E se isso acontecer, estará sendo irresponsável. Por isso pare de ver isso como um defeito, pois é uma virtude. Agora quanto a escolher um bom lugar para ancorar, nós dois ainda temos muito o que aprender!!!

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    1. Lá na ilha Anchieta fiquei vendo o pessoal das lanchas, eles soltam o ferro e acabou, simples assim, será que é por só ter corrente naquelas âncoras? Ou serão aqueles maravilhosos lançadores de âncora? No fundo no fundo acho que o segredo é ficar preocupado mesmo! Faz parte!!

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    2. Eles fazem assim pq são lancheiros, kkkk. Onde vc ancora o funo é sempre muito bom. Vc tem garrado pq tem soltado pouco cabo.

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  2. Fala Walnei!! Vc só vai dizer que o fundeio foi tranqüilo, no dia seguinte quando o sol te acordar. Enquanto isso, vale ,a cada hora dar uma olhadinha...eu faço assim e uma vez no Cedro, o Gaipava garrou muito, já que ventava bastante e eu paguei pouca amarra. O que salvou foi aquela conferida habitual. Cadê as fotos do seu veleiro??

    abraço

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    1. Oi cmte, lá pras bandas do bonetinho o piano piano também garrou bastante durante um ventania de madrugada (material para um post inteiro), tomei chuva até os ossos para safar o barco de um outro veleiro que tinha lá, foram 40 minutos de faina molhada até o vento passar.
      As fotos do barco eu vou postar depois que ele mudar de nome, a documentação já deve estar saindo!

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