terça-feira, 15 de dezembro de 2015

TRABALHO DURO.

Desta vez fui chamado para fazer o painel de comando do motor do clássico, charmoso, elegante e antigo Malagô, confesso que pra mim o velho Malagô é o veleiro mais bonito da nossa costa.

O serviço foi executado e pelo que me parece o Juca aprovou.

 O plano era chegar na quarta-feira, executar o serviço e voltar na quinta-feira a noite, mas o Juca fez o favor de me convidar para uma velejada na sexta, não resisti, fiz o pedido de alvará para a patroa, que aceitou o pedido prontamente, acho que ela anda meio de saco cheio de mim e também estava querendo uma folga, resumo da ópera, dormi no Malagô de quarta para quinta e de quinta para sexta.

Da outra vez que fui dormir no Malagô, que fica no CIR (Clube Internacional de Regatas) em Santos, esqueceram de avisar o segurança, você pode ver essa história clicando aqui, dessa vez ocorreu algo parecido, avisaram o segurança, mas, durante a noite como estava muito calor e os pernilongos resolveram provar o meu sangue, e parece que gostaram, fui bater um papo com os seguranças do clube, saquei uma coca-cola e três copos plásticos para dividir com eles, mas assim que saltei do barco, o segurança que atende pela alcunha de 02 me abordou, me tratou como um bandido, me ameaçando com seus dentes pontiagudos e pelos eriçados me acuou no trapiche, pensei em me jogar na água ou sair correndo, mas poderia ser pior, a sessão de tortura só terminou quando os outros dois seguranças intercederam por mim aos berros, foi horrível, não sei o nome do 02, nem pude tirar uma foto pois minhas mãos estavam muito trêmulas, mas achei uma foto de alguém parecido com ele na internet, vejam a cara do mal educado:
Sósia do 02 (zero-dois)
Depois deste episódio, parece que ele entendeu que eu estava morando no CIR por uns dias e me ignorava toda vez que eu passava perto dele, no final até ficamos amigos.

Na sexta-feira foi só alegria, zarpamos com o Malagô, o barco além de bonito é incrível, houve um momento que ele galgou uma onda e eu esperei pela batida da proa na água quando ele despencasse lá de cima, cheguei a firmar o corpo, mas o barco desceu elegantemente, nem espirrou água, velejamos por algumas horas sem compromisso com rumo, claro que tínhamos um, mas não havia um destino no final dele.




As fotos são de autoria do Juca.
Para quem não sabe o Juca mantém uma escola de vela e um blog super visitado por velejadores do Brasil inteiro, o endereço é http://veleirobaldoso.blogspot.com.br/

E VAMOS NO PANO MESMO!!! E que panos tem o Malagô!

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