terça-feira, 23 de outubro de 2012

DELIMITAÇÃO DE ÁGUAS PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR PARTE II




Bem amigos, para completar e corrigir o post anterior vou colocar alguns waypoints que ficaram faltando:

Ponta do Apara: 23º48,707'S 45º32,772'W
Ponta Grossa: 23º48,150'S - 45º37,300W
Ponta da Boraceia: 23º43,061'S - 45º48,221'W
Meus Agradecimentos ao comandante Juca do belo veleiro Cusco Baldoso.

Para completar e confirmar, barcos de navegação interior e arrais amadores não "podem" ir de Ubatuba a Paraty pois a rota exige conhecimentos de mestre amador e o barco exige equipamentos e salvatagem de navegação costeira. Conforme aprendi no meu rápido curso de arrais, os habilitados nesta categoria podem se afastar 1 milha da costa, ou ficar dentro dos limites estabelecidos como águas de navegação interior, porém, na Ponta de Juatinga 1 milha não é suficientemente seguro para a travessia!

Neste post e no anterior me arrisquei por água pouco conhecidas, tudo isso sobre limites e waypoints é teoria para mim ainda, portanto, qualquer correção é bem vinda!

Quanto a ponta de Juatinga, confirmei que não é brinquedo não, e comandantes que se arriscam por lá sempre se dão mal, porém, aqueles que não se arriscam e fazem a travessia da dita cuja com conhecimento,  respeito e segurança passam por ela sem problemas!

Agora, como diria o Juca "vamos no pano mesmo", mas obedecendo os limites do barco e do comandante!!
Até o próximo post!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DELIMITAÇÃO DE ÁGUAS PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR



Bem amigos, como vocês sabem, ultimamente não estou conseguindo ir navegar por conta as vezes do trabalho as vezes por causa de compromissos sociais (cara esse mês houve 2 casamentos na família, felicidades aos pombinhos), então resolvi matar o tempo planejando algumas pequenas travessias, como Eu já disse em posts anteriores em 2013 pretendo comandar o vivre em uma travessia de Ubatuba até Paraty (lógico que vou com alguém experiente para me monitorar), então resolvi ver se isso seria possível descobrindo os limites de navegação interior, limites que o vivre tem que respeitar, entrei no site da marinha e baixei um documento que determina esse limite, corri para as cartas náuticas e fui tentar marcar os waypoints e traçar o dito limite nas minhas cartas, pois bem, descobri o seguinte:
Na região do porto de santos temos uma divisão de 5 áreas, sendo elas:
A - ÁREA SARDINHA
B - ÁREA GAROUPA (QUE ME INTERESSA MUITO POR QUE NELA ESTA INCLUÍDA A COSTA DE CARAGUÁ, UBATUBA ATÉ A DIVISA COM O RIO DE JANEIRO)
C - ÁREA LAGOSTA (TAMBÉM INCLUI UMA PARTE DE UBATUBA)
D - ÁREA TAINHA
E - ÁREA GALEMA

Bom, como ainda não pretendo passar da Ilha Bella no sentido Santos, foquei nas áreas B e C e fui com cartas, compasso e lápis marcando os pontos que delimitam o limite de navegação do vivre. Atenção, esse post não pretende e nem deve ser usado para consultas dos limites de navegação interior pois as marcações foram feitas por mim, um amador apaixonado sem experiência, isto posto vamos as minha descobertas pessoais.

Área Garoupa:
Região I
O vivre pode navegar o canal de São Sebastião e dar a volta na Ilha Bella desde que mantenha uma distância máxima de 1 milha.
Região II
Depois pode navegar dentro de uma área delimitada pelos seguintes pontos:
A - Farol ponta das canas: 23º43,750'S - 45º20,500'W
B - Ilha do Tamanduá :23º63,500'S - 45º17,000'W
C - Ilha do Mar Virado: 23º34,500'S - 45º09,000'W
D - Ilhota dos Porcos (Anchieta): aqui vale uma ressalva  não achei especificamente a ilhota dos porcos como descrito no documento da marinha, então deduzi que a dita ilhota esta na carta náutica com o nome de Ilhota do Sul 23º34,000'S - 45º04,500'W
E - Ilha das Couves - 23º26,000'S - 45º51,250'W até a Ponta do Camburi 23º24,000'S - 44º47,000'W

Região III
A - Farol da ponta da sela (??)
b - Ponta do Apara (??)
ÁREA LAGOSTA
Delimitada pelos seguintes alinhamentos:
A - Ponta da Boracéia (??)
B - Ilha das Couves: 23º26,000'S - 45º51,250'W
C - Ponta Grossa (?? - Tem uma ponta Grossa no Itaguá, mas não pode ser ela)
D - Ponta do Apara (??)
Aqui Eu pirei o cabeção, procurei esses locais nas minhas cartas náuticas e até no Sea Clear II e não encontrei, peço a ajuda dos comandantes que souberem onde ficam esses locais que coloquem seus waypoints nos comentários. Outra coisa que Eu não entendi é que já existe um limite da Ilha das Couves até a Ponta do Camburi, portanto não faz muito sentido traçar mais uma linha da Ilha das Couves até outro local, novamente peço a ajuda dos meus amigos leitores mais experientes para me explicar tal situação. (Cara acho que não consegui nem explicar minha dúvida né?)

A não ser que um desses locais que Eu não consegui localizar seja a Ponta da Trindade, acho o vivre não pode chegar até Paraty.

Ponta de Juatinga
Outra coisa que me deixou desanimado com a ideia da travessia Ubatuba Paraty foi a passagem pela temida  PONTA DE JUATINGA, estive conversando com o comandante Ricardo Stark do Gaipava e ele me explicou o por que desse local ser tão falado, Eu entendi que é por causa da marola que vem do mar e bate nas pedras da Ponta e voltam com muita força formando uma turbulência naquele local que por vezes balança muito a embarcação ao ponto do motor ficar saindo da água e perdendo assim sua função (e ai Stark, aprendi direitinho?), porém ele me disse que já possou algumas vezes por lá sem problemas.
Dá uma olha neste texto tirado da internet sobre a Ponta de Juatinga:
"Famosa, temida, respeitada e linda Ponta da Joatinga. Entramos no Estado do RJ. Considerado o Cabo Horn brasileiro, até a Marinha orienta contorná-lo a distância em casos de mar crespo. Ali se contrapõem duas correntes que agravadas pelo vento chocam as ondas contra as rochas da Joatinga, criando um refluxo de maré que faz crescer a ondas e impacta a estabilidade das embarcações criando riscos de naufrágios. Estórias e histórias existem aos montes."
Citação retirada de:
http://capitaogutemberg.blogspot.com/2009_11_01_archive.html#ixzz29fMbItHY

MINHAS CONCLUSÕES:
1 - Nas minhas descobertas falta um pequeno "pedaço" de mar para que o vivre possa chegar a Paraty ( Da Ponta do Camburi até a Ponta da Trindade)
2 - Os documentos da marinha não usam os mesmos nomes de locais que as cartas náuticas usam e isso atrapalha bem quem é iniciante na arte da navegação.
3 - Navegar nas cartas náutica é quase tão legal quanto navegar no vivre, só que falta vento e água salgada!

Amigos qualquer correção nos waypoints ou em qualquer informação aqui postada será muito bem vinda, conto com vocês para que Eu não forneça, mesmo sem intenção, informações erradas!

Bem, por hoje é só, me despeço solicitando a ajuda dos amigos para conseguir desvendar a ÁREA LAGOSTA e da região III da área Garoupa!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

EU CRIEI MONSTROS!!



Criei monstros no bom sentido pessoal, estou tendo uma grata surpresa com minha família em relação a vela, apesar do vivre ser um veleiro pequeno, as crianças ainda estão empolgadas com as velejadas, mesmo após 6 meses, ou seja, acho que o carinho por velejar não é passageiro, todo final de semana é uma lamentação, os meninos sempre indagando:
- Por que não vamos velejar neste final de semana?
- Pai, barco não é para ficar na água?
- Pai, como faço para tirar a "carta" de veleiro?
E a resposta é sempre a mesma
- Criançada, o serviço do pai ta apertado mais logo logo vamos velejar, tenham paciência!
A coisa esta em tais proporções que aconselhado por um amigo gostaria de passar um dia sozinho no vivre para me entender melhor com ele, quero muito conhecer melhor o barco, regular os estais, treinar uns bordos e o fundeio, que é a pedra no meu crocs, e queria ir sozinho, mas a criançada e até minha esposa ficaram de bico quando eu insinuei tal possibilidade, ou seja, esta todo mundo louco para velejar.

No início fiquei com receio de comprar um 16 pés, achei que o pequeno espaço iria desencantar as crianças e a esposa, ledo engano, todos gostam de velejar, e ao que parece não se importam com o tamanho do veleiro, mas mesmo assim Eu ainda sonho com um atoll 23, ainda chego lá.

Mudando de pato para ganso, fiquei feliz com o tempo durante o feriado de 12 de outubro, sei que é maldade com quem desceu até Ubatuba, mas o que posso fazer né? se fizesse sol e um ventinho leste, daqueles constantes e com uma intensidade legal, eu iria ficar bicudo lá em casa, mas não foi assim. Agora o trabalho parece que deu uma trégua, porém, tenho dois compromissos inadiáveis lá em Minas Gerais nos dois próximos finais de semana, portanto, nada de velejada até novembro, enquanto isso o pobre vivre fica lá no iate clube em sua vaga no seco sonhando com mais uma velejada.

É isso ai gente, até semana que vem com mais lamentações deste aspirante a velejador cujas amarras insistem em segurar em terra!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MIL MILHAS COM O SDRUVS



Caros amigos, esta semana recebi meu exemplar do livro Mil Milhas com o SDRUVS do Luciano Zinn, um cara muito prestativo e um velejador de primeira.
O Luciano teve muita coragem em publicar um livro sobre veleiro em um país que não tem o hábito de ler e cuja cultura de vela de cruzeiro ainda é  restrita a um publico relativamente pequeno, novamente gostaria de parabenizar o Luciano por esse feito.
O texto do livro é gostoso de ler e o autor tem um jeito peculiar de contar os fatos, não mascara as palavras, é quase "Nelson Rodriguiano" (tomara que minha professora de literatura não leia esse termo), descontraído e direto.
O livro pode ser comprado pelo blog do autor, basta clicar aqui, e o preço já inclui a postagem pelo correio, é uma ótima leitura para amantes da vela, vale a pena o investimento.
Parabéns ao Luciano pelo trabalho.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

VELEJAR É NECESSÁRIO, MAS TRABALHAR TAMBÉM É!




É amigos, de novo o trabalho não me deixou velejar, não posso reclamar, pois em 2004 eu passei por uma fase negra da minha vida, não tinha perspectiva nenhuma de nada e já tinha dois filhos para cuidar, pois bem,  fiz uma coisa que meu pai sempre falava para eu fazer, fui estudar, completei o segundo grau, me graduei em análise e desenvolvimento de sistemas e hoje possuo uma sólida empresa de automação comercial que se chama Camposys Informática, sou adepto da frase:

"Escolha um trabalho que goste e não terás de trabalhar nenhum dia da sua vida"
                                                     Confucio.

Mas as vezes o trabalho nos toma de uma maneira que não sobra tempo para nada, nem para velejar, o que fazer?

Por esse motivo, mesmo adorando o meu trabalho tiro férias de 30 dias todos os anos (coisa rara entre empresários), e todo o final de semana procuro viajar com minha família, tento ficar o mais presente possível com meus filhos e esposa, mas o trabalho vem em primeiro lugar. O que se há de fazer né ? Dinheiro  é essencial, mas agora, depois que descobri a vela, velejar também é, vou ver se escapo no meio da semana para treinar uns bordos lá em Ubatuba, já que no final de semana tem eleições e Eu vou exercer com muito prazer o meu direito, além do que lá no litoral acho que vai ficar como no último feriado, LOTADASSO.

A maioria dos velejadores que conheço passam pelo mesmo "problema", lá no Iate Clube Tamoios tem muito veleiro que Eu nunca vi sair do seco, ou seja, mesmo falhando alguns finais de semana acho que sou um dos sócios mais ativos do iate clube.

Falando de iate clube, recebi um convite do Fernando (ex vivre atual acrux) para 2013 tem uma turma que esta planejando uma travessia Ubatuba - Paraty, meus amigos fiquei super animado na mesma hora que li o e-mail dele, e se Deus quiser eu não perco essa travessia por nada, para mim será um desafio imenso e uma experiência daquelas que não se esquece (apesar de ser uma travessia pequenina para muitos).

É isso ai, até a próxima pessoal!