segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FANTASMAS DA RIBEIRA!

Durante a última pauleira de vento lá na Ribeira, aquela que deixou estragos por todos os lados, o meu amigo Vandeco levantou uma questão que me incomodou muito, e ainda incomoda durante qualquer ventinho que passe por mim e me faça lembrar do Vivre sozinho lá na poita, a questão é a seguinte:
"Walnei, eu cuido bem da minha poita, faço manutenções constantes, troco cabos e correntes e estou sempre atento , mas e aqueles barcos abandonados lá na Ribeira? E aquelas poitas alugadas? Será que alguém faz alguma manutenção nelas?"
Bem, a minha poita é alugada e o Léo, quando eu aluguei me disse que tinha acabado de fazer a manutenção e eu acredito pois aguentou dois barcos pendurados nela durante a pauleira, o que me apavora mesmos são os barcos fantasmas da Ribeira, aqueles veleiros que estão sucumbindo as cracas e ao abandono, e se algum escapa da poita e causa estragos? A vitima desses fantasmas vai reclamar com quem? Quem vai arcar com a responsabilidade? Não sei, pois ninguém sabe nada sobre os donos de muitas das embarcações abandonadas por lá, e ai? Seria possível acionar a marinha ou a justiça com uma medida preventiva para retira-los de lá? É justo fazer isso?
De quem é a responsabilidade da marina do Saco da Ribeira? Eu acho que é da Fundação Florestal (Secretaria do meio ambiente de SP) é a mesma fundação que "explora" turisticamente a Ilha Anchieta, alguém ai sabe algo sobre isso?
Existe lá na Ribeira alguma associação tipo amigos de bairro, no caso amigos da Ribeira, excluindo a Aumar? Acho que deveríamos ter algo mais regulamentado lá na Ribeira, coisas como numerar as poitas e definir seus verdadeiros donos, assim evitaríamos casos como "tira seu barco dai pois a poita é minha", organizar o pier de modo que os veleiros possam chegar lá, hoje se encosta um veleiro no pier o "guardinha" já vem pedindo para sair, algum tempo atrás chegamos de Paraty no veleiro de um amigo e quando fomos desembarcar no pier foi um auê, era pescador incomodado, guardinha correndo, cochicho daqui e cara feia de lá, chega a ser constrangedor!
Voltando no caso dos barcos fantasmas, alguém sabe se é possível fazer algo a nível de prevenção de acidentes?
Antes de acabar este post, gostaria de deixar claro que não é minha intensão criticar a Aumar, acho que este assunto não é responsabilidade deles, talvez uma fiscalização da marinha, ou da prefeitura, ou da Fundação Florestal, não sei!


PS: Os barcos das fotos não estão lá na Ribeira, são imagens que peguei pela internet, se o dono de algum desses barcos ou de alguma das fotos quiser que eu retire a imagem do post é só usar o campo de comentários que será prontamente atendido!

13 comentários :

  1. Walnei, não espere nada da Fundação Florestal, pois nem hospital funciona.....e até porque acho que quase a totalidade das poitas lá, também são 'fantasmas'...e aí?? Já pensou qualquer medida judicial o que traria de concreto?? Só Jesus na causa!!

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    1. Cara, estou pensando seriamente em uma marina particular viu??!!
      As chances de um acidente são muitas!

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  2. Walnei, a responsabilidade permanece sendo do proprietário da embarcação. Certamente ela possui um registro (salvo as dispensadas, que são as miúdas). Em caso de sinistro deve ser acionada a delegacia da capitania dos portos da região imediatamente para a instauração de IAFN (inquérito administrativo) que apurará os fatos e encaminhará para a Procuradoria Especial da Marinha oferecer Representação em face do proprietário ou espólio dele (caso o proprietário tenha falecido). Encerrado o Processo no Tribunal Marítimo (que fica aqui no Rio) haverá uma decisão administrativa que poderá servir de subsídio para uma futura execução em face dos autores da ação ou omissão lesivos. Em síntese, não importa que a embarcação esteja abandonada, ela sempre terá um proprietário, mesmo que o anterior tenha morrido e etc. O único problema ainda são as embarcações estrangeiras sem registro ou com registro cassado no Brasil, se você suspeitar que há alguma embarcação "estranha" abandonada entre em contato com a capitania, mas lembre-se que isso poderá acarretar outros problemas, os fiscais sempre encontram alguma irregularidade a mais e não perdem a viagem (tome essa decisão de forma coletiva).

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    1. Matheus, longe de mim mover uma ação contra quem quer que seja por esse motivo! Já me bastam os meus problemas pra ficar fazendo picuinha né não, o jeito é procurar uma marina particular eu acho!

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    1. É meu amigo, se ao menos alguém me desse um daqueles gigantes abandonados, ai sim !!!!!!!!

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  4. Walnei, marina particular não muda em nada o risco de novo sinistro. Lá em Paraty , com o barco no pier, sempre que entrava um vento sul daqueles, o 'paliteiro', como a gente chamava, começava a balançar, primeiro num mesmo compasso, mas em seguida, em razão dos tamanhos e pesos diferentes das embarcações, e seus mastros, uns contra os outros, entrecortando-se como pêndulos, e vez por outra alguém saía sem mastro, cruzeta, biruta...sem contar quando o barco 'subia' sobre o pier de concreto e o espelho de popa ia pro c#a$l&ho...culpa da marina? não, até porque eles colocavam barcos de tamanhos diferentes um ao lado do outro, para evitar isso...na minha humilde opinião, esqueça isso de marina particular, pois os custos são astronômicos e poderá ocorrer o mesmo. E me parece que o veleiro que se chocou com o seu não estava exatamente abandonado, nénão?? Bola prá frente!! Arruma o Vivre e toca o 'barco'!! Sei que é chato o que aconteceu e falar de fora é fácil, mas sei que amanhã posso ser eu.

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    1. Ricardo, o veleiro que se chocou com o meu é um brinco de bem cuidado, poita ok, me parece que a poita só não estava dimensionada corretamente para o tamanho do barco, parece que temos que dormir com o risco mesmo, faz parte da brincadeira né??!!

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    2. Não Valéria apena fazer seguro? Há alguma dificuldade?

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    3. Não Valéria apena fazer seguro? Há alguma dificuldade?

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    4. Não Valéria apena fazer seguro? Há alguma dificuldade?

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    5. Ronaldo, seguro de veleiro é um negócio burocrático, caro e cheios de exigências ridículas, sem contar que a maioria dos veleiros da nossa região já são de idade avançada para as seguradoras, as vezes não compensa mesmo!

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  5. Gente, pelo amor de Deus, não passa, nem nunca passou pela minha cabeça iniciar uma disputa judicial contra ninguém, só "DIVAGUEI" pelas possíveis soluções sobre o tema, esse post não significa que eu vá sair acionando a justiça por ai!!! Eu não sou um cara encrenqueiro não viu gente!

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