quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PASSEIO EM FAMÍLIA.

Tá bom, meu irmão já pode ser chamado de marinheiro, o cara já percebe o mar, os ventos, consegue até explicar como um veleiro veleja "contra" o vento, deve estar no sangue, minha mãe é caiçara (barriga verde mesmo) e também tem uma ligação muito grande com o mar, aliás, o Vivre não é a única embarcação da família Duarte (a minha família por parte de mãe), temos lanchas, voadeiras, jet skis e traineiras, realmente somos uma família ligada ao mar!

Beatriz, a única menina da família, cercada
de primos ciumentos!
Desta vez quem foi iniciada na arte da navegação foi a Beatriz, minha sobrinha, não é que a menina me surpreendeu, por ser uma mocinha achei que ela ficaria desconfortável em dormir no barco e tomar banho gelado, que nada, ela tirou de letra!

Outro que já é figurinha fácil no convés do Vivre é o Jamil, pescador e enólogo de primeira, mais bebedor de vinho tinto (daqueles bem doce) do que enólogo e mais enólogo do que pescador, até hoje não embarcou nenhum peixe, mas já bebeu uns 4 garrafões de vinho.

O passeio foi gostoso, procuramos a praia do sul e não achamos, se eu fosse mais para frente acharia, mas a gasolina acabou e eu coloquei o tanque reserva, nestes casos eu volto, não gosto de andar com a gasolina contada, já que o motor é mais meu amigo do que o vento! Por enquanto!



O Sono dos justos!
Pela primeira vez pernoitamos no flamenguinho, o legal é que passamos o dia lá e depois foi escurecendo, escurecendo, o Wagner sacou da manga uma fogueira com uns galhos que estavam jogados por lá e de quebra ainda fez um espaguete de lamber os dedos, ficamos na praia até lá pelas 22hs quando embarcamos, o Jamil já pegou o molinete e sentou na proa tentando mais uma vez pegar algum peixe, a Bia apagou na cama de proa depois de um refrescante banho gelado e o Wagner lembrou como esta gordo, pois foi uma luta para ele entrar na cama de proa com a Bia. E eu? Eu dormi no cockpit mesmo, como podem ver na foto ao lado!

No outro dia cedinho zarpamos de volta para a Ribeira e a Bia me confessou que gostaria de voltar, ai o tio fica todo fofo!

O Jamil "pescando"
Wagner, ele coube na cama de proa do Vivre!



Até mais!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

SEM CONFLITO DE GERAÇÕES!

Quando estávamos nos aproximando das férias coletivas da empresa, fiz uma promessa para um amigo de trabalho, o Jonas, menino de 20 anos, muito educado, responsável e gente finíssima, disse a ele que quando quisesse velejar era só me ligar com alguns dias de antecedência. As férias já estavam quase acabando quando o meu telefone toca (na verdade conversamos por Whatsapp).
- E ai Walnei, aquele convite ta de pé?
- Claro, quando quer ir? Amanhã cedinho?
- Pode ser, posso levar dois primos comigo?
- Pode sim, passa em casa as 5h da manhã e vamos embora!
Depois da conversa fiquei pensando, poxa que fria, passar um dia inteiro com 3 "muleques" de 20 anos, vai ser um porre, só papo de balada, carros, meninas que eu não conheço, terei que pegar no pé dessa criançada por causa da segurança, e ainda vou de carona no carro deles, se o motorista fizer muita cagada eu desço e venho embora a pé! Nunca, mas nunca mesmo me enganei tanto, começou que os meninos chegaram na hora marcada, logo carregamos o carro e dois dos meninos já sentaram no banco de trás deixando o melhor lugar para o coroa gordo aqui, quem dirigiu o carro foi o Davi, extremamente cuidadoso no volante, respeitou os limites de velocidade, faixas de pedestres, tudo, as conversas eram levadas de maneira que eu não ficasse excluído e o mais importante, ninguém me chamou de TIO, odeio isso!
Chegamos em Ubatuba e os meninos compraram um lanche para comermos durante o dia, refrigerante e um pack de cerveja Heineken e uma caixinha de Latão da Skol, ai pensei, chegou a hora do problema, se abusarem da bebida jogo tudo no mar, de novo me enganei, tenho que dizer que tirando as cervejas que eu tomei mais umas três que os meninos tomaram o restou voltou pra terra, não é que os meus jovens amigos também sabem beber sem exagerar?

Passamos um dia divertidíssimo entre a Ribeira, a praia do Flamenguinho e a praia Sete Fontes, onde comemos uma porção de batatas e uma caipirinha dividida entre todos, outra coisa, os meninos não me deixaram pagar absolutamente nada, olhem os meninos ai embaixo:


O da frente é o motorista que lhes falei, o Davi, o do meio é meu parceiro de trabalho o Jonas e o figurinha lá atrás com a bandana na cabeça é o Diego, tutti buona gente!

O dia foi tão legal que abrimos as velas, ou melhor a genoa, e velejamos gostosamente:


Olhem ai algumas fotos:

Uns aprenderam a lidar com o leme

Outros aprenderam a pegar poita alheia! (flamenguinho)


Selfie
















Na hora de voltarmos, o barco já em sua poita, todos no bote, a escadinha recolhida e amarrada dei um último mergulho antes de embarcar no botinho, como a escadinha já estava amarrada, resolvi subir no veleiro pelo suporte do motor e instintivamente apoiei o pé no leme, tinha uma craca no meio do caminho quando meu pé escorregou, adivinhem, ganhei um belo corte na sola do pé! Até tirei uma foto do corte, mas para alívio de vocês não vou postar! No final quem fez a cagada fui eu!

E mais uma vez a vida me ensina que as pessoas surpreendem, ouso dizer que esse foi um dos grupos mais divertidos que passaram pelo convés do Vivre!

Só tenho a agradecer,
valeu meninos!

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 3)

Se você ainda não leu as outras partes do nosso relato de férias, lá em baixo do post tem os links para as outras partes.

6:30h da manhã, deixei todo mundo dormindo no Vivre e dei um pulinho no mercadinho, comprei pão, gelo, refrigerante e 6 latinhas de cerveja, voltei para o barco e as 7:00h estávamos partindo rumo ao passeio mais esperado por todos, fomos até a Praia do Sul, lá na Ilha Anchieta, em segredo eu tinha planejado sair com todos dormindo e quando acordassem já estaríamos lá. Durante o caminho a turma foi acordando, foi muito legal ver a cara de cada um acordando no mar, todos levantavam meio desorientados, imaginei que a sensação deles foi a mesma do Arthur quando dorme na viagem e acorda em outro lugar.

Quando chegamos no nosso destino não havia ninguém lá, tinha bastante espaço para realizar o fundeio, talvez o fundamento da navegação que mais me preocupa, joguei e recolhi a âncora umas três vezes, e sempre achava que estava garrando, depois do terceiro lançamento, corri para a popa e engatei uma ré bem devagar até o cabo esticar e enterrar a âncora, o legal foi que fiz tudo sozinho, não por orgulho, mas por que precisava melhorar o meu fundeio, assim que senti a âncora bem firme desliguei o motor, marquei um ponto em terra e fiquei lá uns 15 minutos esperando para ver se o veleiro não garrava, durante essa espera cheguei a uma conclusão:
"Sempre fico preocupado com o fundeio, nunca tive problemas com o fundeio, vou continuar me preocupando com o fundeio!"

Nosso futuro mergulhador!
Passar o dia na Praia do Sul recarrega as energias do vivente, não canso de elogiar o lugar, uma água cristalina com peixinhos coloridos passeando bem perto dos banhista, e fazer snorkeling lá então, que maravilhoso, a criançada já encontrou várias espécies de peixes e até mergulharam com arraias sempre observando a distância de segurança obvio, até o Gabriel esta aprendendo a usar o equipamento, já fica com o rostinho dentro da água respirando pelo snorkel, só falta confiança para boiar e usar as nadadeiras, ano que vem ele já vai nos acompanha com certeza!

As 16:00h pegamos o rumo de casa, digo poita, em segredo planejei outra surpresa para a criançada, a noite da pizza, esse foi o dia mais cheio do passeio!

Rodízio de pizza no centro de Ubatuba!
Dessa fez peguei o carro ciente e preparado para o trânsito da cidade, alguns dias antes tinha passado em frente a uma pizzaria que anunciava rodízio a R$ 21,90 por cabeça, a criançada deu prejuízo para o dono da pizzaria, comeram como gente grande!

Já nos arrumando para dormir decidimos que no outro dia iríamos até a praia do Flamenguinho e voltaríamos mais cedo para lavar o barco, arrumar as malas, tomar um banho ali mesmo na poita d'água e ir embora de noite, evitando assim o trânsito na serra, deu certo, levamos 2 horas da Ribeira até a Oswaldo Cruz e mais 2 horas até em casa, e assim fechamos a nossa já tradicional semana de férias no Vivre.

Como estavam  o Arthur e o Gabriel no barco, fizemos todos os passeios a motor sem abrir vela nenhuma, fiquei de olho na previsão do tempo e no tamanho das ondas para evitar sustos, e deu tudo certo, foi divertido demais, abaixo segue um videozinho que fiz resumindo as nossas andanças!




LINKS PARA AS OUTRAS PARTES:
HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 1)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 2)

O que mais me agradou no perrengue que tínhamos passados no 1º dia foi o bom humor de todos, ninguém se deixou abater, ninguém reclamou de nada, até o Willyan que é um cara esquentadinho, de vez em quando até rola um ou outro "arranca-rabo" entre nós por causa do jeitão dele (ou seria por causa do meu jeito?!), estava se divertindo com a situação, enquanto esperávamos a chuva passar ficamos lá, sentados, conversando e contando piadas.

Como estava dizendo no final da 1º parte, o problema agora era a febre que tinha pego o Gabriel, confesso que um dia antes de sairmos de Caçapava tínhamos levado o menino no médico e o diagnóstico foi o de sempre, garganta inflamada, e o remédio também o de sempre, antitérmicos, amoxicilina e anti-inflamatórios, sabíamos que ele teria febre. E enquanto a Lena cuidava do Gabriel, eu ajeitava os outros na cabine do veleiro, não é segredo pra ninguém que um barco de 23 pés não comporta 6 pessoas muito confortavelmente e tem que ter muita criatividade e boa vontade para contornar esse outro pequeno problema, mas isso temos sobrando!

Com antitérmicos de 6 em 6h, antibióticos de 8 em 8h e banhos gelados durante o dia o caso do Gabriel estava sob controle, uma das coisas que se aprende quando se tem 4 filhos e um veleiro é que banho gelado seja de chuveiro, piscina ou praia não mata ninguém!
Olhando ninguém fala que estava com febre de 39º

O SEGURO, O TRANSITO E A BANDEIRA DO BRASIL.
Amanheceu, todos acordamos bem tarde, por volta das 10h da manhã, foi uma deliciosa noite de sono, a missão do dia era encontrar um lotérica e pagar o seguro obrigatório do barco, dezoito reais e uns quebradinhos, mas quem conhece Ubatuba sabe como é passar pela praia grande em época de temporada, é um terror, naquela avenida parece que toda população de São Paulo se junta com toda a população de Belo Horizonte para uma grande confraternização na beira da praia, o resultado é um transito infernal e longas filas onde quer que você vá!

Pagamos o tal seguro, agora só faltava comprar uma bandeira do Brasil para o Vivre, a dele esta toda rasgada e se a marinha aborda o nosso veleiro com certeza teríamos um grande enchimento de saco, como todo militar os caras prezam muito uma bandeira do Brasil bem "aprumada", eu também gosto, mas esqueci de comprar, só lembrei quando estávamos bem perto da Ribeira, e juro que não passaria mais naquela avenida nem que a marinha o exército e a aeronáutica ordenassem, ficamos com a bandeira rasgada mesmo.
Deu uns mergulhos e a febre baixou rapidinho!

Na volta paramos na praia do Lamberto e passamos o final da tarde lá, o Gabriel não estava comendo direito e andou vomitando, por isso resolvemos não navegar, pois se a coisa piorasse iríamos leva-lo ao PS lá de Ubatuba, mas foi só um mal estar, no outro dia mesmo o Gabriel estaria sem febre, sem dores sem vômitos, só mantivemos o antibiótico de 8 em 8h e durante o resto do passeio ele não teve mais febre!




DEPOIS DE UM ANO, FINALMENTE SOLTAMOS AS AMARRAR.
Amanheceu, já era o 3º dia das férias, finalmente iríamos soltar as amarras e navegar, preparei o motor, dei partida, arrumei a cana de leme, gps e gritei para o Wallace soltar as amarras, qual não foi minha surpresa quando ele disse:
- Pai, estamos sem poita!
- Como assim filho, sem poita? Estamos amarrados nela ué!
- Pai, "to" falando sério, acho que roubaram nossa poita!
Diante da afirmação dele desliguei o motor e fui ver como seria possível alguém roubar uma poita e ainda assim deixar o barco amarrado, descobri, na verdade estávamos sem a boia que realmente tinha sumido, não quis pensar muito sobre o motivo do sumiço, mas o cabo estava nitidamente cortado, não iria se partir daquela forma, em um corte uniforme e cirúrgico. Peguei o bote para ir até o pier arrumar um galão de alguma coisa para servir de boia, mas assim que liguei o motor e saí com o botinho, por incrível que pareça, lá estava um galão flutuando pelo mar, como se tivesse sido enviado pelo destino para recompensar a minha paciência de monge!

Saímos e fomos até ali na praia do flamenguinho, passamos um ótimo dia e a tarde lá pelas 18h já estávamos de volta e amarrados na poita, sabe que os meninos estão bons nesse negócio de pegar poita?!


continua...



LINKS PARA AS OUTRAS PARTES:
HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 1)
HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 3)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 1)

Janeiro de 2015, a criançada toda de férias, o Vivre só esperava a família chegar para ele poder navegar, finalmente o barco seria libertado de sua prisão, depois de quase um ano confinado no seu pequeno espaço de giro, ele iria finalmente ganhar o mar, iria cumprir a sua sina, cumprir seu papel que é navegar! E navegou, navegou deliciosa e maravilhosamente bem! Porém, antes de zarpar, algumas "coisinhas" aconteceram, e para contar nossa história para vocês, terei de começar do começo!

O Vivre na ilha anchieta!


CARRO LOTADO!
Desde de março de 2014 que o Vivre não sai da poita e o motor de popa dele estava em casa pois fiz uma revisão no Mercury 8hp e no Tohatsu 3.5, e como o veleiro não estava navegando fui deixando os motores revisados aqui em casa mesmo, ai surgiu o primeiro problema das férias, como levar todo mundo mais bagagem para 7 dias + 2 motores de popa em um gol de 5 lugares, essa é uma conta que não fecha, a solução foi dividir, meu irmão estava descendo para Caraguatatuba no mesmo dia que nós estávamos indo para Ubatuba, peguei um pedaço(ão) do porta-malas dele e coloquei os dois motores lá e de quebra ele ainda levou o Willyan, assim meu carro e o dele desceram lotados, cada um por um lado, eu pela Oswaldo Cruz ele pela Rodovia do Tamoios. A ideia era deixar a turma no Saco da Ribeira ir ate Caraguá pegar o Willyan e os motores, eu só me esqueci do transito lá em baixo, levei 3 horas para chegar em Caraguá e mais umas 2 horas para voltar até a Ribeira, cheguei por volta das 20:30h e junto comigo chegou uma chuva com relâmpagos, trovões e um mar bem chatinho pra ir de bote até o Vivre!

PACIÊNCIA, MEMÓRIA CURTA E GENTILEZA!
Na minha situação atual, se eu pagar a Aumar tenho que vender o Vivre, e também não acho válido pagar R$ 350,00/mês (R$ 4.200,00/ano) só pra usar o taxiboat algumas vezes no ano, bem, voltemos a nossa história.
Já estava noite e a chuva só aumentava, e o vento só aumentava, e o mar só aumentava, de repente o telefone celular toca, era o  Juca Andrade que encontrou com a Lena durante o dia, e a ela o chamou de Ricardo numa dessas gafes que não tem como concertar.
- Como está ai Walnei, precisa de ajuda?
- Juca vou esperar mais uma meia hora e se o tempo não melhorar, vou para uma pousada com todo mundo! - Se eu fosse para uma pousada teríamos que voltar para casa antes do previsto, como eu disse, minha conta bancária tem lá suas prioridades!
- Ok! Se precisar me liga, estou a disposição! Disse o Juca.

Deu meia hora, deu uma hora, deu uma hora e meia e nada do tempo melhorar, a chuva até tinha diminuído, mas o vento ainda uivava sobre os mastros dos veleiros nas poitas, e então chamei o Juca:
- Juca a chuva passou, mas o mar esta meio grosso para ficar zanznado de bote, pensei em fazer uma ponte, pedir para Aumar nos levar até o Malago (o Juca é associado da Aumar) e do seu barco eu vou pro meu! O Malagô e  Vivre são vizinhos de poita, iria ser fácil!
Aqui eu gostaria de abrir um parenteses, não pensem que tomar esta atitude me agradou, não gosto de ficar com o rabo preso e usar a Aumar me deixou em um dilema moral daqueles, sei que não é certo, mas na hora me pareceu a única solução, e a situação estava brava, o Arthur dormindo no colo da Lena, o Gabriel dormindo no carro, eu e os maiores sentados lá no balcão do PEIA (Parque Estadual da Ilha Anchieta), ou seria a carona no jeitinho, ou voltaríamos para a casa já que não achei nenhuma pousada com vaga, e olha que eu procurei na internet, telefonei para umas 5 ou 6 e as que tinham vaga queriam meus rins por uma noite.
- Walnei, vou acionar a Aumar pelo rádio e vocês vêm pra cá então!
Deu meia hora, deu uma hora, deu uma hora e meia e nada da Aumar chegar, o Juca me telefonou de novo, disse que chamou o marinheiro da Aumar, mas o cara alegou que tinha ido buscar uma turma em um veleiro, mas pela demora daria para pegar a tribulação lá no Gaipava, que fica no Itaguá, e trazer para a Ribeira, foi nessa hora que percebi que tudo tinha mudado, a chuva tinha se transformado em uma garoinha, o vento em uma gostosa brisa e o mar que a pouco era bravo agora estava calmo!
- Juca, deixa o marinheiro dormir, já dá para ir de bote!
E assim não cometi o pecado do jeitinho brasileiro, se bem que o que vale é a intensão né? Mas já decidi, nunca mais penso em fazer ponte com os barcos da Aumar, afinal esse é único produto que tem valor para os associados e se for para usar tem que pagar!
- Walnei, se precisar me chama pelo VHF!
Mal sabia ele que eu não estava com meu VHF!

Uma das coisas que me encanta no mar são as pessoas, a solidariedade, a camaradagem, a disponibilidade são muito maiores e desinteressadas do que na cidade, o Juca doou um bom tempo dele para minha família, ficava monitorando a situação preocupado com ela, tentando junto comigo encontrar uma solução para aquele momento! Valeu Juca!

Por fim embarcamos no Vivre exatamente a 0:30h!
Dizem que velejador tem memória curta e é verdade, nem bem embarcamos e a situação que meia hora atrás parecia sem solução já tinha sido esquecida, ninguém lembrava pelo que tínhamos passado, já tinha virado história para o blog, o problema agora era uma febre de 39º que apareceu no Gabriel, mas isso fica para o próximo post!

Continua...


LINKS RELACINADOS:
HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 2)
HISTÓRIAS DE FÉRIAS (PARTE 3)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

OBSERVANDO AS NUVENS! (PARTE 2)

Continuando os posts sobre nuvens, hoje vamos falar dos tipos básicos que compõem o o grupo de nuvens baixas, são elas:

STRATUS (St): Geralmente se forma na faixa de 1 Km de altura, pode provocar garoa e se estiver muito baixa provoca a neblina, nuvens do tipo Stratus são cinzentas e com base uniforme, costumam cobrir grandes áreas e geralmente conseguem "tampar" o sol. Sabe aquela tarde nublada, com aquela garoa que cai fininha, mas constante, pois bem, se você deixar de comer seus bolinhos de chuva e sair de casa para olhar o céu, provavelmente você verá nuvens do tipo Stratus sobre sua cabeça!


Stratus


STRATOCUMULUS (Sc):Elas tem aspecto "fofinho" e podem ter coloração cinzenta ou esbranquiçadas, neste caso teremos o aspecto de algodão, pode provocar chuva leve. Meu avô quando via este tipo de nuvem no céu costumava falar que o céu estava empedrado, e completava: "céu empedrado chão molhado"!



Stratocumulus
NIMBOSTRATUS (Ns): Este tipo de nuvem, costuma aparecer em dias muito quentes e úmidos, têm aspecto acinzentado e cobre completamente o sol, as nimbostratus costumam trazer aquelas "pancas" de verão com chuva intensa e relativamente rápida, fortes rajadas de ventos e as vezes granizos. É um dos tipos de nuvens com as quais me preocupo, já tive problemas com uma dessas!

Nimbostratus (imagens retiradas de : http://meteophotos.blogzoom.fr/)
Como um  vídeo vale mais do que mil fotos, segue um vídeo que garimpei no youtube, ele mostra a passagem de nuvens nimbostratus, que trouxeram bastante vento!



CUMULUS (Cu): Também conhecidas como cumulus de bom tempo, trazem dias estáveis e ensolarados, este tipo de nuvem é aquele que a criançada fica procurando formas de bichinhos fofinhos. Pela minha experiência, este tipo nuvens não traz vento, dia paradão mesmo sabe!

Cumulus de bom tempo (imagem de http://photography.nationalgeographic.com/photography/photos/earth-and-sky-photo-gallery/)
Ainda dentro do grupo de nuvens baixa, existe a cumulonimbus, que será tratada em um outro post já que, apesar de pertencer ao grupo citado, "habita" os outros grupos também!

É isso ai pessoal, como de costume gostaria de deixar novamente o aviso de que as informações contidas neste post não são de nenhum meteorologista, são conclusões minhas, portanto podem estar erradas. Se alguém perceber alguma informação errada aqui, por favor me avise para que eu possa corrigir!

Até a próxima!


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OBSERVANDO AS NUVENS! (PARTE 1)

domingo, 4 de janeiro de 2015

OBSERVANDO AS NUVENS! (PARTE 1)

Vamos iniciar o ano com um série de posts sobre nuvens, elas podem lhe ajudar a não entrar em uma fria.

O conhecimento das nuvens pode ser considerado um conhecimento de segurança para os que se aventuram pelo mar, montanhas ou mesmo trilhas e é matéria obrigatória para pilotos de avião e capitães amadores.

Não vou, nem tenho conhecimento para isso, esgotar o assunto das nuvens nesta série de posts, peço que se alguém perceber alguma informação errada aqui me avise para que eu corrija o post imediatamente, afinal, não sou dono da verdade e posso ter aprendido ou entendido alguma coisa errada, é assim quando se aprende pela internet!

Dadas as considerações iniciais e os avisos de "não me culpem se algo der errado", vamos ao básico. Existe 10 tipos básicos de nuvens divididas em 3 grupos que são:
- NUVENS BAIXAS - ATÉ 2 KM DO SOLO;
- NUVENS MÉDIAS -  SÃO AS LOCALIZADAS ENTRE 2 E 7 KM DO SOLO;
- NUVENS ALTAS - ESTÃO ACIMA DOS 7 KM DO SOLO E PODEM CHEGAR ATÉ 12 KM;

É isso ai, acho que isso já é um bom começo e a imagem acima antecipa tudo o que será apresentado aqui nos próximos posts, aliás o post da semana que vem será sobre as nuvens do grupo de NUVENS BAIXAS.

Até o próximo post!

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OBSERVANDO AS NUVENS! (PARTE 2)