sexta-feira, 12 de setembro de 2014

DE VENTO EM POPA! (PARTE 2)

Continuando de onde parei no post anterior, acordamos bem cedinho no sábado (06/09/2014) e nossa previsão de que a previsão do tempo iria falhar se confirmou, mar tranquilo e quase nada de vento, mesmo assim resolvemos sair rizados, arrumei a mestra e deixamos tudo pronto e resolvido no convés para que quando abríssemos as velas nenhum cabo viesse a dar trabalho, foi ai que o Malito me fez duas perguntas que eu não soube responder:
- Qual a finalidade da bicha? (aquele cabinho na valuma da mestra)
e a segunda foi
- Como se chama o cabo que caça a esteira da mestra? Aquele que vai amarrado no punho da escota?
Não soube responder e ainda não sei, fico aguardando a resposta de vocês!

Assim que saímos da marina do engenho um ventinho bem legal, mas bem na cara, portanto, fomos a motor até um determinado ponto (gostaria de ter encontrado a carta náutica digital da região, mas não encontrei, por esse motivo não tenho como explicar em detalhes o nosso percurso), quando o Malito achou que já estávamos seguros e longe de um banco de areia resolvemos abrir a genoa e subir a mestra em uma orça apertada, foi ai que descobrimos que a mestra não armava de jeito nenhum, ficava feia, toda enrugada, mais tarde, bem mais tarde, descobriríamos que isso aconteceu pois não soltamos o amantilho, novamente esqueci desse cabinho cachorro!

No caminho, para a cotia, tivemos alguns problemas com o GPS o que me fez pensar que deveríamos ter traçado uma rota no bichinho ao invés de sair por ai esperando os perigos aparecerem na telinha para desviar, se bem que os perigos reais o Malito já tinha marcado, mas uma laje bem profunda (mais de 8 metros de profundidade) não escapou e passamos bem por cima dela!

Chegamos na ilha da cotia, e esperamos o almoço que foi encomendado no barco bar, uma porção de lula à dore, que estava uma delícia, nadamos um pouco na água gelada e depois esperamos a hora de partir apreciando a paisagem e jogando conversa fora, o tranquilidade seria total se não fosse uma lancha com uma turma bem alegrinha e com um som horrível no volume máximo, uma pena que nem todo mundo que vai ao mar respeita a tranquilidade e o espaço dos outros!

Lá pelas 14:00 resolvemos voltar, queríamos sair da baía e ver como estava o vento la fora, e estava bem fortinho, por isso resolvemos ir só de genoa, o problema foi que, se na ida pegamos vento na cara, na volta ele estava na popa, então traçamos uma rota para que pudéssemos receber o vento em uma popa rasa, e ai é que nós apanhamos da vela, ela não armava de jeito nenhum, sempre querendo fechar, não teve jeito, saímos um pouco mais e conseguimos uma alheta. Nunca tinha velejado com vento de popa, geralmente vou de través e as vezes numa orça folgada, sempre seguindo uma regra que eu acho certa, começa com as velas bem caçadas na orça e vai folgando conforme vai arribando.

E aquele carrinho que fica correndo de um lado pro outro? No vivre não tem esse negócio não e a escota a mestra fica presa bem no meio o poço, me lembrei que li em algum lugar que o carrinho fica sempre do outro lado da retranca, ou seja, retranca a bombordo carrinho a boreste, mas não tenho certeza!

Apesar da falta de experiência com os aparelhos do Clipper e a surra da vela na popa rasa, foi divertidíssimo, portanto, não poderia ser melhor e estava tudo certo!

No final da tarde lá pelas 17:00 já estávamos na vaga do Clipper, ai foi arrumar o barco e tocar de volta para o escritório!

Olha ai umas fotos:

Malito no comando!

Selfie!

Brigando com o GPS HIPER MEGA PLUS MASTER do Clipper

Sobrou pra quem puxar a corrente e a âncora de 15 quilos?

Pela cara dá pra imaginar como foi o fim de semana!

E foi isso amigos, agora é velejar o vivre para que ele não fique com ciúmes!
Pra finalizar, gostaria de avisar que o Clipper esta a venda, interessados podem entrar em contato comigo pelo e-mail walnei.antunes@gmail.com que eu coloco o Malito na linha, o preço esta excelente.
Até mais!

2 comentários :

  1. Walnei, a 'bicha' ajuda a dar uma embarrigada na vela de proa prá ajudar na trimagem e esse outro cabo a que vc se refere acho que se chama 'contra-esteira' e serve prá folgar ou caçar a esteira da mestra, só que não passa nenhum cabo de escota nela, um punho da vela no Garlindeo e outro na ponta da retranca... Salvo Melhor Juízo.....
    E no caso do carrinho a que vc fala, é o 'traveller' tb responsável por ajuste mais fino da mestra\retranca.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ricardo, punho da escota é o nome que me foi ensinado para o punho que fica na ponta da retranca! Valeu pelos esclarecimentos, vou passar para o Malito!

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...