sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FÉRIAS A VELA...

Ilha das Couves
As férias de fim de ano chegaram, a empresa fechou o ano bem e fiquei bem tranquilo em relação a ela e já comecei a planejar nossas férias, eu e a imediata decidimos fazer um cruzeiro em águas bem abrigadas para adquirir experiência, mesmo assim será um cruzeiro longo de 9 dias pelas ilhas de Ubatuba, vou postar aqui nossa rota e espero que se alguém souber de algum perigo ou trecho difícil nela me avise.

Esta sendo muito bom colocar a família em volta da mesa sobre as cartas náuticas para decidirmos juntos onde, quando e quanto tempo ficaremos em cada lugar, o legal é que é tudo muito novo, não sei com certeza, por exemplo, quantas milhas dá para percorrer em um dia de velejada confortavelmente, ou seja, sem matar ninguém de cansaço, dei uma olhada no percurso do cruzeiro costa tamoios e vi que chegam a percorrer até 30MN em um dia, mas estou fazendo pernas de no máximo 15MN, decidimos iniciar as pernas bem cedinho para evitar navegar no final da tarde ou a noite.


Saco da Ribeira
Outro problema que estamos prevendo e ainda não temos solução são as chuvas de verão, que vocês verão acontecerão; na nossa região do litoral norte, costumam cair umas chuvas bem pesadas durante o início de janeiro, lembram da tragédia em São Luiz do Paraitinga? Ou um pouco mais para cima o doloroso desastre em Ilha Grande? Tudo em janeiro, sem esquecer de 1967 quando houve em Caraguatatuba um desastre sem precedentes por causa das chuvas de verão, meu pai sempre fala disso, pois ele é caiçara e tinha parentes e amigos lá durante o episódio. Mas voltando ao nosso assunto principal, não sabemos ainda como faremos para nos proteger das chuvas e possíveis agitações do mar, por enquanto pensamos em ficar de olho na previsão do tempo e abandonar alguma perna em caso de risco, sabemos que as previsões acima de 5 dias não são confiáveis, portanto, 5 dias é o máximo que estaremos nos preocupando!



Golfinhos próximos a Ilha Anchieta
Bem, o roteiro inicial segue abaixo, peço aos amigos leitores que opinem sobre os locais, perigos, trechos complicados, já que, como todos sabem, é minha primeira vez:



1º Dia: Saco da Ribeira - Preparar o Barco e a tribulação - pernoite - 23º30'000''S - 45º06'000''W
2º Dia: Praia do mar virado - trilhas e mergulhos - pernoite - 23º31'000''S - 45º11'000''W
3º Dia: Ilha Anchieta - Visita ao presídio - pernoite - 23º32'800''S - 45º04'000''W
4º Dia: Itaguá - supermercado, sorvete, passeios - pernoite - 23°27'256''S - 45º03'205''W
5º Dia:: Ilha das Couves - mergulho, barzinho etc... -pernoite - 23°25'200''S - 44°51'100''W
6º Dia: Ilha comprida - nadar, mergulho até o fim da manha - 23°23'900''S - 44°51'100''W
ainda no 6º dia iremos para Picinguaba  para pernoitarmos - 23º22'465''S - 44º50'216''W
7º Dia: Itaguá - Cidade, receberemos minha mãe a bordo - pernoite - 23°27'256''S - 45º03'205''W
8º Dia: Ilha Anchieta - já nos preparando para voltar a vida real - pernoite - 23º32'800''S - 45º04'000''W
9º Dia: Saco da Ribeira: fim do nosso roteiro



É isso ai amigos, fico aguardando a opinião de vocês sobre o roteiro, que ainda esta aberto e pode mudar de acordo com sugestões e críticas.

Aproveitando este post, desejo a todos que acompanharam este blog durante este ano, meus mais sinceros votos de felicidades, harmonia, companheirismo, saúde e bons ventos a todos!

FELIZ NATAL E UM 2013 CHEIO DE PAZ E ALEGRIAS PARA TODOS NÓS!





quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

REVISÃO NO TOHATSU 3.5

Leve, econômico, potente, valente, confiável, esse é o TOHATSU 3.5 HP que comprei para colocar no vivre (16 pés) em maio deste ano, antes de comprar pesquisei muito e com toda certeza posso dizer que acertei na compra.

Quando comprei o piano piano ele veio com um motor SAILOR 15 HP 4 tempos com nota fiscal de fevereiro de 2012 e com 1,5 horas de uso, o problema é que é muito pesado e grande, até agora não consegui colocar ele no barco (estou trocando ele por qualquer 2 tempos de 8 HP em boas condições), estou tocando o cruiser 23 com o meu fiel TOHATSU 3.5.

Algum tempo atrás eu me descuidei dele e deixei o pequeno motorzinho parado e sem cuidados por aproximadamente 45 dias, isso afetou demais o motor, mesmo assim ele resistiu, veja o post,  depois disso ele sempre demorava para pegar e durante a navegação dava de afogar, minha culpa, só minha, deveria ter dado a devida atenção ao equipamento.

É como dizem, acidentes acontecem por uma sequência de erros, e se esses erros forem detectados e sanados, evita-se que os acidentes ocorram, mesmo com o motor dando trabalho para pegar e falhando, semana passada eu coloquei ele no piano piano e fui velejar, sabe o que ocorreu? O motor afogou e não pegou mais, fiquei contente pois consegui fazer todo o passeio (que era curtíssimo 2 Mn no máximo) a vela, chequei na poita do meu destino e voltei para o meu porto (saco da ribeira) só na vela, mas e se eu tivesse mais longe? e se ocorresse uma emergência? e se a vela rasgasse? e se? e se? Quando o motor afogou de vez eu decidi continuar a velejada por que tenho muitos conhecidos lá em Ubatuba e tratei de avisar uns 3 ou 4 amigos sobre minhas condições e tinha a certeza de um apoio em caso de necessidade.

Bem, resolvi dar um jeito na situação e fazer eu mesmo a revisão do motor, abri o carburador do bichinho e desmontei inteirinho, peça por peça, troquei reparos e agulhas, lubrifiquei cada furinho do carburador, montei tudo de novo e testei, e testei e testei no meu tambor de adoçar o motor, cara é incrivelmente fácil fazer essa revisão do carburador, mais um ponto para o TOHATSU, abaixo algumas fotos da revisão do motorzinho!

Cuba, boia, agulha e rebimboca da parafuseta

Esse pino estava entupido



Percebeu o tamanho das arruelas?!

Essa agulha controla a entrada de combustível ( eu acho! )

Novamente aprendi na prática, já fiz um check list com todos os cabos, moitões, mordedores e equipamentos do piano piano que necessitam ser trocados ou revisados e outra lista com sobressalentes que devo comprar, espero assim diminuir muito a chance de imprevistos durante as férias, já que pretendo fazer um cruzeiro bem legal pelas ilhas de Ubatuba com a família!

É isso ai gente, até o próximo post!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SÓ SEI QUE NADA SEI.



Filosofando, no sentido náutico da palavra, depois do último post (VELEJANDO DE NOVO) e dos comentários que o post recebeu, resolvi fazer uma reflexão sobre o que realmente eu sei, então, descobri o seguinte, sei fazer as mareações básicas, menos asa de pombo, e otimamente só de través, uma orça cochada é bem difícil para mim ainda mas da pra ir,  sei fundear a embarcação, apesar de sempre ficar com o pé atrás, sei amarrar o barco na poita apesar de sempre ficar com um frio na barriga, sei ler cartas náuticas e conheço o RIPEAM, as mareações e o fundeio aprendi em um curso muito rápido com o capitão André do veleiro Icthus, a interpretação das cartas náuticas e o RIPEAM aprendi no meu curso de arrais feito lá na Boreste em Caraguatatuba, até ai tudo bem, dá para velejar, mas tenho sentido falta de algo no meu relacionamento com o veleiro, pois bem, descobri o que falta, falta aprender a montar o barco de maneira correta, isso me deixa inseguro, por exemplo, o moitão da retranca, onde realmente deve ser colocado? Qual a altura ideal da genoa? como regular as velas para uma melhor performance do barco? Como montar o burro corretamente? É necessário tirar a capa da vela mestra e os cabos do lazy jack para velejar melhor? Acho que esses equipamentos atrapalham a performance da vela mestra, estou certo? A impressão que tenho hoje é que estou dirigindo um carro, mas só usando a primeira marcha, entendem?

O problema é que não tenho muito contato (no mundo real) com velejadores experientes, tudo que aprendi de montar o barco foi com livros, blogs, o do gaipava e o do cusco baldoso são leitura obrigatória, e por deduções, deduções essas que as vezes são errôneas. Mas como todo problema tem sua solução, vou ver se consigo embarcar em algum veleiro com pessoas mais experientes e aprender a fazer tudo da melhor maneira possível (estou me convidando mesmo viu gente!).

Já era um plano meu passar um final de semana sozinho no barco para ficar mais "íntimo" dele, mas infelizmente, ou felizmente, não pude ainda, tenho o privilégio de sempre receber alguém no piano piano, essa semana recebemos o Robson, o tio Rubens e o Fábio, eu prometi que se o Rubens pescasse algo eu comeria cru, mas, como eu havia previsto, não teve sashimi, pois o Rubão não pegou nem resfriado!

Pois bem, terminamos a elétrica do barco (o Fábio Terminou), e saímos para velejar um bocadinho, ficamos fazendo alguns bordos e depois chegamos a praia do flamengo, onde nadamos e depois voltamos ao Saco da Ribeira!

É isso ai gente vivendo e aprendendo, não se pode parar, bons ventos e até o próximo post

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

VELEJANDO DE NOVO!

Finalmente, até que enfim, criei coragem e tirei o piano piano da poita, ao contrário da minha estréia como comandante do vivre dessa vez deu tudo certo, saímos do Saco da Ribeira e velejamos sem destino pela enseado do flamengo, paramos na praia do flamengo para um almoço rápido e toca velejar de novo.

Eu achei que seria muito diferente velejar o piano piano, mas a base é a mesma e deu tudo certo, e todos se divertiram muito, porém, Eu achei que faltou um pouco de experiência com o barco, senti ele meio pesadão, devagar, acho que o vivre ( Tahiti 16 ) é um barco mais "nervoso", se bem que cometi alguns pequenos erros na montagem do barco, a genoa ficou muito baixa e o Willyan ficou meio perdido na regulagem, da próxima vez vou subir ela uns 10cm, outra dúvida que ficou é que não vi meio de fixar a mestra na retranca, calma, calma, vou explicar melhor, no vivre  a retranca tem um trilho que permite entrar com mestra por ele e o mastro também, no piano piano a canaleta que tem lá na retranca é para colocar aquele "saco" (alguém ai sabe o nome do "saco"???) que a mestra cai dentro e nem a vela tem nada que indique que é para passar em alguma canaleta, por esses motivo só consigo prender a mestra na ponta da retranca e lá perto do mastro, se alguém ai tiver ideia do que estou falando da uma ajuda ai nos comentários, mas procurei alguns vídeos na net e vi que tem muito veleiro com a mestra assim. Outro vacilo foi deixar o amantilho preso (já tinha caído nessa), mas correu tudo otimamente bem.

Reparem na cara de UÉ da tripulação!!! A patroa só tira foto para me queimar!!!


Sabe o que me deixou mais temeroso nessa história, foi amarrar a poita e deixar o barco nela, cara que insegurança, nunca tinha feito isso, pois o vivre saia da água para a carreta de encalhe, nem dormi direito e no dia seguinte de manhã dei um jeito de verificar se estava tudo bem, com certeza amarrei certo, até por que é bem simples, mas que dá um frio na barriga, isso dá, vou demorar para me acostumar.

Eu ia fazer um filminho sobre a velejada mas tiramos poucas fotos, então  vou juntar com as imagens das próximas velejada e fazer um filminho legalzinho.

É isso ai amigos, até o próximo post e bons ventos a todos!!



terça-feira, 27 de novembro de 2012

SÓ BOIANDO!

Fábião:  amigo, compadre e primo da patroa
Caros amigos, estou trabalhando muito no piano piano que virá a ser o VIVRE II, mas por enquanto vou chama-lo de piano piano mesmo. Este final de semana fizemos um pernoite lá no Saco da Ribeira, Eu, o Fábio, nosso faz tudo e o meu menino do meio o Wallace, fizemos alguns reparos e novas instalações na elétrica do barco, vejamos o que esta funcionando:
- Rádio VHF
- Bomba de porão elétrica
- Bomba de água doce pressurizada
- Luzes da cabine
- Luz de Top e da cruzeta
Falta arrumar:
- Luzes de navegação bombordo, boreste e alcançado
- Luz de cortesia
- Rádio (AM/FM CD DVD ETC...)
Semana que vem faremos isso.

Wallace minha cria do meio (é o 2º de 3 meninos)
Como disse o Ruyter Junior, um mineiro sabido que tem um atoll 23: "Quando mudei do 16 para o 23, durante muito tempo fiquei achando que velejar de 16 era melhor do que no 23", acho que estou caindo nessa também, ainda não tirei o piano piano da poita, e nem estou com pressa, acho que estou com um pouco de preguiça de aprender as manhas do barco maior, ou talvez esteja me divertindo bastante com as idas e reforminhas do barco, devagar vamos trabalhando nas coisas, entre uma cerveja e outra, sem pressa nem cobrança nem ansiedade, na verdade tenho que terminar até o natal, por que ao que tudo indica iremos passar pelo menos 10 dias velejando entre Ubatuba e Ilha Bella em janeiro, veremos, estou planejando!

Mudando de pato para ganso, já recebi cada proposta no vivre, para se ter uma ideia alguém queria trocar o barco em um grande estoque de tijolos ecológicos, eita, já recebi proposta de jet ski, carro e moto mas nada que eu tenha gostado, enquanto não aparece uma proposta boa, vou velejando com ele, quem sabe semana que vem Eu vá passear de 16 pés??!!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

76 DIAS À DERIVA

Já faz um tempão que estou atrás deste livro, mas acho que já não imprimem novas edições dele, pois está esgotado em todas as livrarias, fiz a encomenda de um exemplar em um sebo aqui na minha cidade, porém, a encomenda não tem previsão de chegar.

O livro À DERIVA 76 DIAS PERDIDO NO MAR conta a história real de Steven Callahan, que sobreviveu todo esse tempo em uma balsa salva-vidas com dois dessalinizadores pré-históricos, um canivete e um garfo, um verdadeiro McGyver do Atlântico, o auto controle e seu instinto de sobrevivência permitiram que ele fosse resgatado!

Enquanto o livro não vem, achei este documentário que decidi compartilhar com vocês, não é o livro mas serve para aumentar a ansiedade de ler o relato completo, acho que vou lá no sebo ver como esta minha encomenda!!



sábado, 17 de novembro de 2012

O VIVRE II ESTA QUASE PRONTO!

É gente, no começo deste ano Eu decidi comprar o vivre, mais especificamente em abril, oito meses depois, como todos sabem, estou vendendo meu valente professor, aprendi muita coisa com o tahiti 16 pés, que é um barco seguro, rápido e fácil de velejar, minha família toda teve contato com a vela e tomou gosto pelas coisas do mar em cima do vivre,  mas a vida continua e chegou a hora de deixar o nosso barquinho ensinar outra pessoa ou quem sabe outra família as delícias da arte de velejar, e nós estamos partindo para outro desafio, velejar e cuidar do novo vivre, um CRUISER 23, que na verdade tem 24 pés, veja a ficha técnica do cruiser.

Informações retiradas do site: http://www.eboat.com.br
EstaleiroNellmar
Site
Projeto-
VersãoOceânico
(inicio/fim) podução- / - (ano)
Comprimento7,23 m - 24 pés
Linha d' água5,82 m
Boca2,48 m
Calado (min/max)- / 1,40 m
Camarotes / banheiros- / 1
Altura cabine / banheiro- / -
Tripulantes (dia / noite) 6 / 5
Tanque de água-
Tanque de Combustível-
Motorização (min/max)- / -
Velocidade cruzeiro-
Velocidade máxima-
Material cascoFibra de Vidro
Peso leveND kg
Lastro-
Deslocamento-
Angulo V popa-
Área velica23,0 m2
Altura mastro acima linha d´água-

Até agora sentimos que é bem diferente cuidar de um 16 e de um 23 a começar pela sensação de insegurança que da deixar o barco amarrado na poita, tudo no 23 é muito maior e mais bruto, em consequência  os erros podem ser menos divertidos, por isso ainda não velejei o VIVRE 2, estou aguardando terminar uma pequena reforma na elétrica dele e vou sair com o marinheiro que cuidava do barco para que ele me ensine as manhas e manias do nosso novo barco, acho que semana que vem iremos fazer isso.

Fiquei balançado entre o atoll e o cruiser, procurei muita informação nos foruns e blogs e pedi opiniões de amigos sobre ambos os barcos, cada um tem uma opinião  mas o atoll ganha na preferência do público especializado, né Juca? E por isso é  mais caro que o cruiser, segundo minhas pesquisas o atoll é mais rápido e marinheiro, por outro lado o cruiser é maior e mais confortável, é um "cruzeirão", e principalmente mais barato, e como disse alguém por ai o melhor barco é aquele que cabe no bolso, apesar disso eu passei pelo mesmo dilema quando fui comprar o tahiti, a maioria prefere o marreco, mas o tahiti é um barcão e serviu muito bem a mim e a minha família.

Assim que sair o novo documento, que vai levar ao barco o nome VIVRE, vou subi-lo e fazer pintura do costado, fazer a  venenosa e o convés, ai sim teremos o novo VIVRE.

Nessa brincadeira descobri como o veleiro da família faz parte dela, quando comprei o vivre (o 16 pés) eu não gostei do nome e queria trocar, porém o custo não permitiu na época e agora estou fazendo questão de trocar o nome do piano piano para vivre, ou seja me apeguei ao meu veleirinho de tal maneira que não posso deixar de fazer esta homenagem a ele.

É isso ai pessoal, semana que vem tem mais!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

VENDE-SE UM AMIGO DA FAMÍLIA!

Caros leitores, Eu e minha família estamos vendendo o Vivre, isso mesmo, nosso querido barquinho que tantas alegrias nos deu esta a venda.
O Vivre é um Tahiti 16 pés projetado pelo renomado Cabinho, é um mini oceânico que pode transportar 5 pessoas, ou seja, 1 tripulante e 4 passageiros, ele tem:
5 coletes salva vidas
3 velas (mestra, genoa e balão)
1 pau de spinnaker
1 Carreta de encalhe
1 leme de madeira de lei
1 ancora danfort.
1 bomba de porão manual
1 Bússola
Para ver os vídeo com nossas velejadas com o vivre acesse http://www.youtube.com/user/walneiantunes?feature=mhee, quem acompanha o Blog sabe que fiz pernoites com 5 pessoas pelas ilhas de Ubatuba.
A documentação esta toda em meu nome e pronta para ser transferida!
O valor do barco é R$ 9.000,00 (Nove mil reais) estudo um pequeno parcelamento e  aceito carro ou moto, bastando para isso combinarmos um valor que compense a venda.
O nosso veleirinho esta guardadinho lá no Tamoios Iate Clube no Itaguá em Ubatuba, interessados podem ligar para (12) 9126-7421 e falar com Walnei para agendar uma visita e quem sabe até uma velejada no pequeno notável Vivre.
Fotos e filmes das aventuras do Vivre não faltam nesse blog, é só navegar por nossas páginas!
Mas o nosso blog não vai acabar não, outro VIVRE já esta no forno e em breve será apresentado para vocês, até breve pessoal!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

E A AGULHA DO MOTORZINHO COLOU!!

Quem acompanha este blog sabe que Eu fiquei mais ou menos 45 dias sem ver meu barco, é isso mesmo 45 dias, neste final de semana, no sábado, desci até Ubatuba, não fui para velejar mas só para "lamber" o vivre, dar uma geralzinha, acertar umas coisinhas e virar o motorzinho um pouco, pois me disseram que se o motor ficar muito tempo sem funcionar da problema no carburador, dito e feito, vamos aos fatos:
Sai de casa no sábado, como já disse, por volta de 13:00hs, o transito estava tranquilo apesar do feriado, cheguei no IC e fui colocando o motor no cavalete, enchi um tambor de água e.... esqueci minha caixa com o corta-corrente, aquela pecinha que se prende ao corpo e para o motor se for desconectada, pois bem não teve jeito e tive que fazer um corta-corrente de fortuna:

Pior que funcionou!
Dai em diante foram uns 10 minutos de puxar a cordinha e nada do motor pegar, não me restou outra alternativa a não ser abrir o carburador do bichinho:


Bom, percebi que mesmo abrindo o combustível, não descia nada do tanque, fui direto na pecinha que fecha a passagem quando a boia sobe e vi que ela estava travada fechada, deu uma lavadinha nela com gasolina e então a gasolina voltou a passar pelo carburador, fechei tudo de novo e dei a partida, pronto o motor voltou a funcionar!

Olha o motor funcionando!
Fiquei contente em encontrar o vivre muito limpinho e bem cuidado, nunca tinha passado tanto tempo longe do vivre e não sabia como iria encontrá-lo, meus parabéns ao pessoal da marina tamoios iate clube, eles têm   carinho pelas embarcações que ficam sob seus cuidados, mais legal ainda foi a atendente me dizer que seu Eu deixar a chave do cadeado e gasolina o pessoal funciona o motor para mim de 10 em 10 dias, Eu não sabia dessa, novamente fiquei satisfeito com o serviço do IC.

Gente, do dia 10 até o dia 17 de novembro vai acontecer o cruzeiro costa tamoios, bons ventos ao participantes!


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

VELEJADA, PESCARIA, FINADOS E OUTRAS COSITAS MAS!


IMAGEM RETIRADA DE http://www.stockvault.net
Acho que sou o único cara que não curte muito pescar, quando Eu era moleque meu pai sempre me levava para pescar no rio Paraíba, além de pescar caçávamos rãs e sempre voltávamos pra casa com alguma coisa para por na panela, ferramenteiro e muito dedicado ao trabalho, meu pai vivia na fábrica (Volkswagen) e  Eu apreciava muito nossos momentos juntos quando estávamos pescando, me lembro de uma vez que a tarrafa enroscou e meu pai mergulhou no rio para tirar a tarrafa do enrosco sem rasgar, cara meu pai demorou muito para voltar, eu devia ter uns 5 ou 6 anos e parecia que o tempo tinha parado enquanto meu pai estava lá embaixo da água, deu tempo de pensar tanta coisa e quando eu já estava no limite da ansiedade meu pai emergiu com a tarrafa nas mãos, me lembro de ter pensado:
"Quando eu crescer quero ser igual ao meu pai", pena que só pensei deveria ter falado isso para ele. Mesmo com momentos bons como esses Eu não peguei gosto por pescar, já os meus dois filhos mais velhos sempre levam as tralhas de pesca quando vamos velejar, acho que também vão desistir da pesca, pois nunca pegaram um peixe nas pescarias no vivre, acho que não usam os equipamentos nem as iscas corretas, mas vou pesquisar um pouco sobre pesca e ver em que eu posso ajudá-los, mas tenho certeza de que quando meu pai desentocar lá de Minas Gerais e subir abordo do vivre ai sim a criançada vai aprender a pescar, só não trouxe meu pai para velejar ainda por conta de um acidente de caminhão que, como dizem lá em Minas, magoou a perna dela mais já ta sarando e ai ele não me escapa!

Quando falo com velejadores ou visito blogs de veleiros raramente se fala sobre pesca, nunca ouvi ou li um relato de que alguém saiu com o seu veleiro exclusivamente para pescar, já a turma das lanchas parece que vive para pescar, por que será? Não sei a resposta mas acho que as velas, as escotas, retrancas e genoas envolvem o velejador de tal maneira que pescar fica em segundo plano, ou seja a principal atração é sempre a velejada, sentir o barco singrar as águas somente com a ajuda do vento é uma sensação inexplicável e no meu caso tento sempre aproveitar o vento ao máximo pois ainda estou descobrindo os caprichos do vento.

Mudando de pato para ganso, gostaria de estar velejando neste feriado de finados, mas fiquei com uma preguiça imensa de enfrentar o transito da serra, então fui chorar meus mortos no cemitério e como não tinha mais absolutamente nada para fazer resolvi escrever este post, é isso ai gente até o próximo post!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

DELIMITAÇÃO DE ÁGUAS PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR PARTE II




Bem amigos, para completar e corrigir o post anterior vou colocar alguns waypoints que ficaram faltando:

Ponta do Apara: 23º48,707'S 45º32,772'W
Ponta Grossa: 23º48,150'S - 45º37,300W
Ponta da Boraceia: 23º43,061'S - 45º48,221'W
Meus Agradecimentos ao comandante Juca do belo veleiro Cusco Baldoso.

Para completar e confirmar, barcos de navegação interior e arrais amadores não "podem" ir de Ubatuba a Paraty pois a rota exige conhecimentos de mestre amador e o barco exige equipamentos e salvatagem de navegação costeira. Conforme aprendi no meu rápido curso de arrais, os habilitados nesta categoria podem se afastar 1 milha da costa, ou ficar dentro dos limites estabelecidos como águas de navegação interior, porém, na Ponta de Juatinga 1 milha não é suficientemente seguro para a travessia!

Neste post e no anterior me arrisquei por água pouco conhecidas, tudo isso sobre limites e waypoints é teoria para mim ainda, portanto, qualquer correção é bem vinda!

Quanto a ponta de Juatinga, confirmei que não é brinquedo não, e comandantes que se arriscam por lá sempre se dão mal, porém, aqueles que não se arriscam e fazem a travessia da dita cuja com conhecimento,  respeito e segurança passam por ela sem problemas!

Agora, como diria o Juca "vamos no pano mesmo", mas obedecendo os limites do barco e do comandante!!
Até o próximo post!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DELIMITAÇÃO DE ÁGUAS PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR



Bem amigos, como vocês sabem, ultimamente não estou conseguindo ir navegar por conta as vezes do trabalho as vezes por causa de compromissos sociais (cara esse mês houve 2 casamentos na família, felicidades aos pombinhos), então resolvi matar o tempo planejando algumas pequenas travessias, como Eu já disse em posts anteriores em 2013 pretendo comandar o vivre em uma travessia de Ubatuba até Paraty (lógico que vou com alguém experiente para me monitorar), então resolvi ver se isso seria possível descobrindo os limites de navegação interior, limites que o vivre tem que respeitar, entrei no site da marinha e baixei um documento que determina esse limite, corri para as cartas náuticas e fui tentar marcar os waypoints e traçar o dito limite nas minhas cartas, pois bem, descobri o seguinte:
Na região do porto de santos temos uma divisão de 5 áreas, sendo elas:
A - ÁREA SARDINHA
B - ÁREA GAROUPA (QUE ME INTERESSA MUITO POR QUE NELA ESTA INCLUÍDA A COSTA DE CARAGUÁ, UBATUBA ATÉ A DIVISA COM O RIO DE JANEIRO)
C - ÁREA LAGOSTA (TAMBÉM INCLUI UMA PARTE DE UBATUBA)
D - ÁREA TAINHA
E - ÁREA GALEMA

Bom, como ainda não pretendo passar da Ilha Bella no sentido Santos, foquei nas áreas B e C e fui com cartas, compasso e lápis marcando os pontos que delimitam o limite de navegação do vivre. Atenção, esse post não pretende e nem deve ser usado para consultas dos limites de navegação interior pois as marcações foram feitas por mim, um amador apaixonado sem experiência, isto posto vamos as minha descobertas pessoais.

Área Garoupa:
Região I
O vivre pode navegar o canal de São Sebastião e dar a volta na Ilha Bella desde que mantenha uma distância máxima de 1 milha.
Região II
Depois pode navegar dentro de uma área delimitada pelos seguintes pontos:
A - Farol ponta das canas: 23º43,750'S - 45º20,500'W
B - Ilha do Tamanduá :23º63,500'S - 45º17,000'W
C - Ilha do Mar Virado: 23º34,500'S - 45º09,000'W
D - Ilhota dos Porcos (Anchieta): aqui vale uma ressalva  não achei especificamente a ilhota dos porcos como descrito no documento da marinha, então deduzi que a dita ilhota esta na carta náutica com o nome de Ilhota do Sul 23º34,000'S - 45º04,500'W
E - Ilha das Couves - 23º26,000'S - 45º51,250'W até a Ponta do Camburi 23º24,000'S - 44º47,000'W

Região III
A - Farol da ponta da sela (??)
b - Ponta do Apara (??)
ÁREA LAGOSTA
Delimitada pelos seguintes alinhamentos:
A - Ponta da Boracéia (??)
B - Ilha das Couves: 23º26,000'S - 45º51,250'W
C - Ponta Grossa (?? - Tem uma ponta Grossa no Itaguá, mas não pode ser ela)
D - Ponta do Apara (??)
Aqui Eu pirei o cabeção, procurei esses locais nas minhas cartas náuticas e até no Sea Clear II e não encontrei, peço a ajuda dos comandantes que souberem onde ficam esses locais que coloquem seus waypoints nos comentários. Outra coisa que Eu não entendi é que já existe um limite da Ilha das Couves até a Ponta do Camburi, portanto não faz muito sentido traçar mais uma linha da Ilha das Couves até outro local, novamente peço a ajuda dos meus amigos leitores mais experientes para me explicar tal situação. (Cara acho que não consegui nem explicar minha dúvida né?)

A não ser que um desses locais que Eu não consegui localizar seja a Ponta da Trindade, acho o vivre não pode chegar até Paraty.

Ponta de Juatinga
Outra coisa que me deixou desanimado com a ideia da travessia Ubatuba Paraty foi a passagem pela temida  PONTA DE JUATINGA, estive conversando com o comandante Ricardo Stark do Gaipava e ele me explicou o por que desse local ser tão falado, Eu entendi que é por causa da marola que vem do mar e bate nas pedras da Ponta e voltam com muita força formando uma turbulência naquele local que por vezes balança muito a embarcação ao ponto do motor ficar saindo da água e perdendo assim sua função (e ai Stark, aprendi direitinho?), porém ele me disse que já possou algumas vezes por lá sem problemas.
Dá uma olha neste texto tirado da internet sobre a Ponta de Juatinga:
"Famosa, temida, respeitada e linda Ponta da Joatinga. Entramos no Estado do RJ. Considerado o Cabo Horn brasileiro, até a Marinha orienta contorná-lo a distância em casos de mar crespo. Ali se contrapõem duas correntes que agravadas pelo vento chocam as ondas contra as rochas da Joatinga, criando um refluxo de maré que faz crescer a ondas e impacta a estabilidade das embarcações criando riscos de naufrágios. Estórias e histórias existem aos montes."
Citação retirada de:
http://capitaogutemberg.blogspot.com/2009_11_01_archive.html#ixzz29fMbItHY

MINHAS CONCLUSÕES:
1 - Nas minhas descobertas falta um pequeno "pedaço" de mar para que o vivre possa chegar a Paraty ( Da Ponta do Camburi até a Ponta da Trindade)
2 - Os documentos da marinha não usam os mesmos nomes de locais que as cartas náuticas usam e isso atrapalha bem quem é iniciante na arte da navegação.
3 - Navegar nas cartas náutica é quase tão legal quanto navegar no vivre, só que falta vento e água salgada!

Amigos qualquer correção nos waypoints ou em qualquer informação aqui postada será muito bem vinda, conto com vocês para que Eu não forneça, mesmo sem intenção, informações erradas!

Bem, por hoje é só, me despeço solicitando a ajuda dos amigos para conseguir desvendar a ÁREA LAGOSTA e da região III da área Garoupa!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

EU CRIEI MONSTROS!!



Criei monstros no bom sentido pessoal, estou tendo uma grata surpresa com minha família em relação a vela, apesar do vivre ser um veleiro pequeno, as crianças ainda estão empolgadas com as velejadas, mesmo após 6 meses, ou seja, acho que o carinho por velejar não é passageiro, todo final de semana é uma lamentação, os meninos sempre indagando:
- Por que não vamos velejar neste final de semana?
- Pai, barco não é para ficar na água?
- Pai, como faço para tirar a "carta" de veleiro?
E a resposta é sempre a mesma
- Criançada, o serviço do pai ta apertado mais logo logo vamos velejar, tenham paciência!
A coisa esta em tais proporções que aconselhado por um amigo gostaria de passar um dia sozinho no vivre para me entender melhor com ele, quero muito conhecer melhor o barco, regular os estais, treinar uns bordos e o fundeio, que é a pedra no meu crocs, e queria ir sozinho, mas a criançada e até minha esposa ficaram de bico quando eu insinuei tal possibilidade, ou seja, esta todo mundo louco para velejar.

No início fiquei com receio de comprar um 16 pés, achei que o pequeno espaço iria desencantar as crianças e a esposa, ledo engano, todos gostam de velejar, e ao que parece não se importam com o tamanho do veleiro, mas mesmo assim Eu ainda sonho com um atoll 23, ainda chego lá.

Mudando de pato para ganso, fiquei feliz com o tempo durante o feriado de 12 de outubro, sei que é maldade com quem desceu até Ubatuba, mas o que posso fazer né? se fizesse sol e um ventinho leste, daqueles constantes e com uma intensidade legal, eu iria ficar bicudo lá em casa, mas não foi assim. Agora o trabalho parece que deu uma trégua, porém, tenho dois compromissos inadiáveis lá em Minas Gerais nos dois próximos finais de semana, portanto, nada de velejada até novembro, enquanto isso o pobre vivre fica lá no iate clube em sua vaga no seco sonhando com mais uma velejada.

É isso ai gente, até semana que vem com mais lamentações deste aspirante a velejador cujas amarras insistem em segurar em terra!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MIL MILHAS COM O SDRUVS



Caros amigos, esta semana recebi meu exemplar do livro Mil Milhas com o SDRUVS do Luciano Zinn, um cara muito prestativo e um velejador de primeira.
O Luciano teve muita coragem em publicar um livro sobre veleiro em um país que não tem o hábito de ler e cuja cultura de vela de cruzeiro ainda é  restrita a um publico relativamente pequeno, novamente gostaria de parabenizar o Luciano por esse feito.
O texto do livro é gostoso de ler e o autor tem um jeito peculiar de contar os fatos, não mascara as palavras, é quase "Nelson Rodriguiano" (tomara que minha professora de literatura não leia esse termo), descontraído e direto.
O livro pode ser comprado pelo blog do autor, basta clicar aqui, e o preço já inclui a postagem pelo correio, é uma ótima leitura para amantes da vela, vale a pena o investimento.
Parabéns ao Luciano pelo trabalho.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

VELEJAR É NECESSÁRIO, MAS TRABALHAR TAMBÉM É!




É amigos, de novo o trabalho não me deixou velejar, não posso reclamar, pois em 2004 eu passei por uma fase negra da minha vida, não tinha perspectiva nenhuma de nada e já tinha dois filhos para cuidar, pois bem,  fiz uma coisa que meu pai sempre falava para eu fazer, fui estudar, completei o segundo grau, me graduei em análise e desenvolvimento de sistemas e hoje possuo uma sólida empresa de automação comercial que se chama Camposys Informática, sou adepto da frase:

"Escolha um trabalho que goste e não terás de trabalhar nenhum dia da sua vida"
                                                     Confucio.

Mas as vezes o trabalho nos toma de uma maneira que não sobra tempo para nada, nem para velejar, o que fazer?

Por esse motivo, mesmo adorando o meu trabalho tiro férias de 30 dias todos os anos (coisa rara entre empresários), e todo o final de semana procuro viajar com minha família, tento ficar o mais presente possível com meus filhos e esposa, mas o trabalho vem em primeiro lugar. O que se há de fazer né ? Dinheiro  é essencial, mas agora, depois que descobri a vela, velejar também é, vou ver se escapo no meio da semana para treinar uns bordos lá em Ubatuba, já que no final de semana tem eleições e Eu vou exercer com muito prazer o meu direito, além do que lá no litoral acho que vai ficar como no último feriado, LOTADASSO.

A maioria dos velejadores que conheço passam pelo mesmo "problema", lá no Iate Clube Tamoios tem muito veleiro que Eu nunca vi sair do seco, ou seja, mesmo falhando alguns finais de semana acho que sou um dos sócios mais ativos do iate clube.

Falando de iate clube, recebi um convite do Fernando (ex vivre atual acrux) para 2013 tem uma turma que esta planejando uma travessia Ubatuba - Paraty, meus amigos fiquei super animado na mesma hora que li o e-mail dele, e se Deus quiser eu não perco essa travessia por nada, para mim será um desafio imenso e uma experiência daquelas que não se esquece (apesar de ser uma travessia pequenina para muitos).

É isso ai, até a próxima pessoal!



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O INCRÍVEL NASCIMENTO DE UM GOLFINHO!



Quando eu estava procurando um veleiro para comprar, uma das coisas que me motivava bastante era a possibilidade de velejar acompanhado por golfinhos, já avistei alguns deles mas ainda não tive o prazer de te-los próximo ao vivre, golfinhos são animais adoráveis e inteligentes, um dos poucos animais que se reconhecem no espelho (os outros são o homem e o chimpanzé) .
Hoje eu estava terminando meu expediente de trabalho quando recebi um vídeo que achei super bacana, o nascimento de um golfinho, então resolvi compartilhar aqui com vocês, ai vai:


O belíssimo vídeo foi filmado pelos profissionais do Instituto Dolphin Quest  no Hawaí.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SOBRE COLETES E NORMAS!

Caros amigos, no post anterior, meus dois meninos mais velhos liderados pelo cmte Juca do Cusco Baldoso me forçaram a desenterrar meu cartão de crédito para adquirir coletes salva vidas  mais confortáveis para toda a tripulação do vivre, pois bem fui ver as normas e descobrir qual era o colete exigido para o vivre, não é que descobri que muita gente acha que sabe e esta enganada, teve gente falando na web que era necessário colete classe III, tinha gente falando que era classe V, achei em um forum um cara dizendo que achava que para embarcação MIÚDA em ALTO MAR era classe IV, pode?? acho que ele estava brincando não é possível. Bom, li a normam 3 (que pode ser encontrada clicando aqui) e constatei que para embarcações miúdas é exigido o colete de classe V, então para não haver mais dúvidas o colete exigido para embarcações miúdas são os da classe V (mas os da classe III também podem ser usados), e nessa classe existem uns coletes tipo jaqueta muito confortáveis e caros.
Esse caso dos coletes é muito sério, a criançada sabe nadar mais Eu é que sou cagão mesmo, mas acho que vou acabar liberando uns mergulhos sem colete afinal como disse o cmte Juca não dá para enfiar um colete o tempo todo na criançada né?

Colete Classe V

Para finalizar este assunto gostaria de falar que não basta acreditar no vendedor, todo colete homologado apresenta sua homologação no próprio produto incluindo número de aprovação da marinha.

Agora chega de falar de colete, conforme prometido no post anterior ai vai o clip da velejada do dia 16/09/2012.



Valeu pessoal até a semana que vem e bons ventos!



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SEM RUMO MAS COM GPS!

 Olá amigos, esse final de semana finalmente velejamos, neste domingo (16/09/2012) coloquei novamente o vivre na água.
Chegamos cedinho e velejamos até a praia do cedrinho, assim que chegamos lá decidimos não desembarcar e ficar brincando na enseada do Itagua, quando o vento chegava nós velejavamos, quando ele parava nós ficavamos boiando, foi muito bom, navegamos 8.72 milhas náuticas sem destino, só velejando e conversando, como diria o cmte Juca do Cusco Baldoso, "fomos no pano mesmo", agora que comprei o GPS tenho muita informação do tipo milhas navegadas, velocidade máxima e média, então ai vai:
na vela chegamos a 4 nós, acho que é uma boa velocidade pois no motor chegamos a no máximo 5 nós, e se a velocidade é boa é sinal de que aproveitamos bem o vento e acertamos nas mareações, por esse motivo fiquei muito contente.
Os meninos maiores quiseram jogar o ferro próximo do antigo cais e resolveram nadar um pouco.





Quanto ao GPS que comentei no outro post, estreei ele nessa velejada, o bicinho é um ETREX H da Garmin, a marca é top mas achei que demora muito para localizar os satélites, acho que acertei na compra dele, vou ficar devendo a resenha sobre o fish finder portátil pois não o instalei ainda.
Bem, pessoal amanhã eu post o clip da velejada, hoje não deu tempo, até lá e bons ventos




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ARROZ COM POLVO E BRÓCOLIS SEM VELEJADA

Olá amigos, este final de semana foi meio frustrante mas terminou bem, o planejamento era o seguinte:
1-Ir a Ubatuba na sexta-feira a tarde e ficar em uma casa de um tio meu lá perto de Paraty
2-No sábado de manhã ir até a marina preparar o vivre e velejar durante todo o sábado
Não é que não deu?! já na ida tinha uma fila de carros que começava em São Luiz, levei 5 horas para fazer um percurso que eu levaria normalmente 2 horas somente, no sábado o congestionamento era tão grande que eu não consegui chegar até a marina, desisti no meio do caminho e voltei, fiquei meio decepcionado, mas o final de semana não estava totalmente perdido a minha esposa fez um prato que eu simplesmente adoro, arroz com polvo e brócolis, ai vai a receita conforme a Lena faz:





Ingredientes:
1 polvo de 1 kg aproximadamente
2 xícaras de arroz
coentro a gosto
tempero de alho com sal a gosto
1 maço de brócolis

preparando o polvo:
pique o polvo em pedaços grandes (3 dedos mais ou menos)
em uma panela ferva uma quantidade de água que de para cobrir o polvo, depois que a água ferver apague o fogo coloque o polvo e tampe, deixe cozinhar durante exatamente 12 minutos, tire o polvo e reserve a água.

preparando o arroz:
frite o arroz com óleo e tempero, coloque a água do polvo no arroz e misture o brócolis e o polvo, deixe cozinhar normalmente, quando a água estiver secando coloque o coentro e deixe terminar de secar a água.


Bom, almoço feito, ficamos todos na praia mesmo e eu aproveitei para descansar mesmo, dormir e ficar sentado na beira da praia tomando umas cervejas, na segunda cedinho voltamos e espero conseguir velejar na semana que vem, estou louco para testar o fish finder e o gps.
É amigos não teve velejada mais teve arroz com polvo, o final de semana não foi totalmente perdido.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

OS PIORES ERROS QUE UM COMANDANTE PODE COMETER!!




Caros amigos, durante este pouco tempo que estou envolvido com a vela já fiz muitas bobagens no comando do meu veleiro (como vcs podem ver em muitos dos posts deste blog), mas já li, ouvi e vi muita gente fazendo bobagem também, então resolvi enumerar as maiores bobagens que se pode fazer em um veleiro, vamos lá:
- Encalhar o Bicho é clássico né?
- Deixar acabar a gasolina
- Deixar cair a âncora no pé (amigos doe viu, experiência própria)
- Velejar com a mestra fora do trilho do mastro (ehehe eu já fiz)
- Deixar de amarrar o motor, e ver o bichinho afundar como uma pedra....!!!! (arrepia só de pensar)
- Tomar uma ducha de esgoto no peito (o amigo estava no lugar errado e na hora errada, não fui eu não viu)
- Colocar o barco na água sem leme (eu fiz também)

Vamos engrossar esta lista, quem souber de mais ca&&das coloquem nos cometários.
Vamos não tenham vergonha, afinal herrar é umano né???

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

NOVOS EQUIPAMENTOS PARA O VIVRE.

Olá amigos, neste momento decidi escrever sobre os novos equipamentos do vivre que comprei, vou falar sobre isto por que não consegui ir velejar esta semana também (semana passada também falhou), minha empolgação nos primeiros meses que comprei o veleiro fizeram o serviço acumular um bocado, Eu e minha família ficamos tão envolvidos que deixei de lado o trabalho um pouco, não que eu tenha virado um vagabundo, acho que virei velejador (meio oficial de velejador ainda), minha mãe já estava cobrando uma visita, desde do dia 02/07/2012 que não passei nenhum final de semana aqui em Caçapava, e agora a realidade bateu a porta novamente, só pude me permitir essa relaxada com o trabalho por que tenho minha própria empresa e conto com gente de qualidade e confiança trabalhando comigo, ai vão alguns agradecimentos:
Eduardo, Thiago, Hugo, Mayara Eloísio, meus filhos e minha esposa, obrigado a todos.
Bom agora vamos aos novos equipamentos do vivre, comprei um fish finder portátil, no início fiquei com receio do equipamento, mas a diferença de preço me fez arriscar, paguei 149,90 pelo bichinho, assim que der vou fazer uma resenha dele aqui no blog, vejam o danado que ainda não foi instalado:



Senti a necessidade de um equipamento deste não para pescar, mas por que o cais lá da marina tem dias que seca e já encalhei 2 vezes, a primeira deu um trabalhão para tirar (veja esse post), já na segunda vez Eu já tinha mais experiência e tirei fácil o barco do encalhe, e também para calcular o tanto de cabo que deve ser lançado no fundeio, isso sempre me perturba bastante.
Outro equipamento foi o GPS, comprei um etrex usado e paguei R$ 170,00 por ele, também nem testei ainda.




Comprei também um voltímetro, 2 acendedores de cigarro de carro (para fazer a parte elétrica do vivre) e uma bomba de gasolina do corsa, para fazer uma traquitana para reabastecer o motorzinho de 3.6 do vivre, assim que estiver pronto posto o "projetinho" aqui no blog também.
Ainda falta um rádio vhf, não comprei ainda pois só velejo bem perto da minha marina e em todos os lugares que fui tem sinal de celular, mas agora vou começar a ir mais longe e vou necessitar de um.
Bem, acho que vou dar um pulinho lá em Ubatuba durante a semana para fazer um carinho no vivre, instalar o fish finder e ficar um pouco no barco, em terra mesmo, não imaginava que um veleiro transformaria minha vida assim... uma  paixão não é fácil de resistir né????
Até semana que vem gente e bons ventos!!!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PRÍNCIPE DE ASTÚRIAS, UM ACIDENTE INCRÍVEL

Olá amigos, como não fui velejar este final de semana procurei um bom assunto para fazer o post de hoje e pesquisei sobre alguns acidentes marítimos em nossa região e me interessei muito pelo naufrágio do  PRÍNCIPE DE ASTÚRIAS que sossobrou na ponta do boi em Ilha Bella - SP em 06 de março de 1916

O Transatlântico

O grande navio tinha propulsão a vapor e bateu em uma laje submersa o que abriu uma grande fenda no casco e de acordo com relatos as caldeiras explodiram violentamente  o que causou seu afundamento completo em 5 minutos:

Manchete da época

 Morreram neste grande acidente aproximadamente 450 pessoas, a maioria dos corpos foram dar na baia de Castelhanos, que na época, e ainda hoje, era de difícil acesso e os corpos foram enterrados por lá mesmo, e na Praia Grande em Ubatuba.
Achei impossível não comparar este acidente ao naufrágio do Titanic.
O capitão do navio era José Lotina:

O Capitão

Vejam esse interessante  relado retirado da página naufrágios do Brasil

"O navio bateu violentamente na laje submersa da Ponta da Pirabura, abrindo uma enorme fenda no casco. Segundo o relato de alguns sobreviventes com a entrada de água na sala de máquinas, duas das caldeiras explodiram, o que provocou o rápido naufrágio. O Principe de Asturias desapareceu em menos de cinco minutos, levando com sigo cerca de 450 almas. Muitos homens, mulheres e crianças foram lançados ao mar na escuridão da noite, sendo arremeçados pela violência das vagas contra o íngrime costão da ponta da Pirabura. Outros, com destino não menos cruel, pereceram presos no interior do navio, que submergiu rápida e completamente devido a grande profundidade do local.
Oficiais do navio relataram que na ponte de comando o Capitão José Lotina e seu primeiro oficial Imediato Antônio Salazar Llinas decidiram por fim a suas vidas, dando um tiro na cabeça; os corpos dos dois oficiais nunca foram encontrados." 


 É meus amigos, até a semana que vem...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

DIA DOS PAIS NA ILHA PRUMIRIM E UM PÉ BEM MACHUCADO!!

Esta semana eu e minha família finalmente fomos até a ilha Prumirim em Ubatuba, saímos da enseada do Itaguá, nosso porto seguro, as 11:00 do dia 11/08/2012 e percorremos as 7,5 milhas nauticas até nosso destino em 2h:30min, descobri que o mar naquele pedaço de Ubatuba é sempre grande, as ondas são enormes e constantes, mas nada ameaçador, dia de sol e pouco vento, fomos motorando o tempo todo, e a imagem ao chegar na ilha é essa.


Logo ao chegar desembarcamos as coisas e montamos um piquenique e aproveitamos a ilha só para nós, a imediata descobriu que sushi é uma ótima refeição para levarmos em nossas aventuras, é gelado, não estraga facilmente e é fácil de armazenar e todo mundo gosta, só que dessa vez não coloquei o peixe, mesmo assim ficou bom, se bem que eu acho que salguei o arroz, alguém ai já ouviu falar de sushi salgado??!!! é, eu não, mesmo assim não sobrou nada para contar a história.
Outra descoberta é que o skolzinho (nosso bote) serve de guarda-sol, é só apoia-lo no remo e fazer uma barraquinha, o Gabriel adorou a ideia.
O Willyan e o Wallace pegaram o equipamento de apnéia e foram mergulhar, eu não os acompanhei por que a água estava fria pra caramba, é incrível como os dois se dão bem quando estamos envolvidos com o veleiro, nada daquelas briguinhas de irmãos do dia-a-dia sabe???
De Noite o Gabriel e a Lena marearam, o Wallace dormiu como uma pedra, o Willyan me parece que dormiu bem, o Gabriel depois de devolver o mamá para o mar dormiu a noite toda e Eu, como de costume, preocupado com o fundeio não dormi direito, acordava de tempos em tempos para ver se estava tudo bem. A Lena apesar de ter mareado um pouco ficou  encantada com as estrelas, ela gosta muito de observar o céu e naquela noite fomos presenteados com um céu lindo cheio de estrelas, estava realmente maravilhoso.
No Domingo dia 12, acordamos bem cedo, mas todo mundo ficou na "cama" batendo papo até lá pelas 08:00hs da manhã, então levantamos, nosso café foram alguma frutas e sanduíche de presunto, uma delícia. Novamente desembarcamos na ilha e aproveitamos até a hora de ir embora com a ilha toda só para nós, como é gostoso ficar isolado de vez em quando, nem sinal de celular nos acompanhou, um dia dos pais perfeito.
Lá pela 12:30h estávamos prontos para retornarmos e pegamos o rumo de volta, e logo na saída percebi que ia ser um retorno bem agitado, umas ondas altas de través, o único problema é que o vivre balança muito nesta situação, mesmo assim o Gabriel voltou dormindo o tempo todo, fiz como falou o Fernando do Acrux, preparei dois rolinhos com os colchonetes e "prendi" o menininho lá dentro da cabine, ele nem viu nada e só acordou no Itaguá.
Foi um presentão de dia dos Pais nós passarmos este dia isolados e sozinhos, foi muito bom, isso estreita os laços e faz bem para a família.
Segue um videozinho com um resumo do final de semana.



AHHH, como não podia deixar de ser, teve uma barbeiragem básica do comandante, deixei cair minha danforth no pé, bem quando Eu já estava indo embora, amigos doooeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuu muito o meu pé esta inchado como uma broa, to parecendo aqueles "pingaiada" sabe??? Se não parar de doer até amanhã vou procurar um médico.
É isso ai gente até semana que vem com mais um post.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

NEM SÓ DE NAVEGAR VIVE O VELEJADOR!!

É meus amigos, nem só de velejadas vive um velejador, essa semana tive que reformar a carreta de encalhe do vivre, e para isso eu contei com a ajuda do Fábio, um cara super amigo, primo da minha esposa e nosso compadre (ele consagrou o Gabriel) e o melhor de tudo, TEM MUITAS FERRAMENTAS eheheh, tem maquita, lixadeira, chave de tudo quanto é tamanho, ele é um típico faz tudo.

Fábio o faz tudo da família

A aproximadamente 1 mês atrás, peguei meus irmãos lá em Minas Gerais para conhecerem o vivre (post MINEIROS AO MAR), e quando o pessoal da marina colocou o barco na água, a carreta quebrou, Eu e meu irmão "concertamos" a carreta na base do recurso técnico alternativo (gambiarra), ficou bem precário veja:

É estava feio mesmo e o pior, estava perigoso 

Esse parafuso não estava segurando mais nada 

Gambiarra básica para segurar o barco sobre a carreta

Pois bem, Eu e o Fábio trabalhamos 2 dias inteiros e gastamos:
82 arruelas
82 porcas
6 mt de barra roscada 10mm
1,5 mt de prancha de madeira de 30cm x 5cm
6 mt de viga de 15 cm x 5cm
6 mt de caibro de 5cm x 5 cm
24 latas de cerveja (para os dois dias de serviço e só após o expediente)
1 kg de linguiça aurora
1,5 kg de contra filé maturado
1 disco de serra da maquita
2 discos de lixadeira (to devendo 1 disco para o Fernando do acrux)
 e ficou assim:





Faltou pintar mas acabou a cerveja e a coragem, semana que vem eu pinto...
É meus amigos, para vocês terem uma idéia melhor fiz um antes e depois:


Reformamos a carretinha no pátio externo da marina e tivemos como companhia o família do Fernando que esta nos finalmente com a reforma do acrux que em breve deve ir para a água.
É pessoal, essa semana é só, até a semana que vem!!!!